Materiais:
Enviada em: 26/09/2017

Liberdade é não viver com medo ou dúvidas   Consoante uma de suas pesquisas, Freud firma o ato sexual na raiz da psicologia humana, afirmando-o como principal motivador e denominador comum para todos, o qual se define absolutamente essencial e saudável. Foi através do processo de evolução, ao reprimir-se o estado de natureza para tornar-se ser social e racional, que o coito deixa seu lado primitivo unicamente reprodutor e passa a ser expressão dos anseios lascivos individuais e da liberdade sobre o corpo. Entretanto, sob ângulo hodierno, faz-se necessária a reflexão sobre a consequência de tal processo analisando o aumento no número de infectados por DSTs no Brasil.     No decorrer dos anos e entre longas labutas, oprimidas durante gerações pelo patriarcado e sob a manta de virgem imaculada, mulheres por todo o globo mostraram a sexualidade latente do sexo XX, dissemelhando-se do papel único de procriadora. Todavia, e infelizmente, posto que sejam, a exemplo, ora ludibriadas ao depositar confiança acerca do estado de saúde do parceiro, ora passarem pelo ”Stealthing” - termo usado para a ação covarde de tirar a camisinha, sem consentimento do outro, durante o ato sexual - a contaminação dessas por DSTs tem se mostrado ascendente nos últimos anos, segundo dados do próprio IBGE.   Ademais, o risco entre os jovens, atualmente, também tem se apresentado em expressão preocupante, uma vez que grande parte desta parcela não considera o uso de camisinha. Baseados em pensamentos errôneos de paralaxe, sobretudo, pela falta de informação e, principalmente, pelo esfriamento das relações interpessoais familiares, nas quais não há conversa séria e profunda sobre o tema, adolescentes pelo país se vestem de falsa segurança embasados em tratamentos médicos modernos que, supostamente, garantiriam uma vida aparentemente normal.    Portanto, mediante tais proposições e entendendo a teoria freudiana acerca da aceitação da sexualidade como liberdade, é impreterível que o Ministério da Educação trabalhe mais afinco para a formação sexual adequada dos jovens. Por meio de aulas extracurriculares nas escolas, participando delas agentes da saúde, bem como psicólogos, far-se-ia palestras preventivas que expusessem meios paliativos e de suporte. Falar-se-ia, por exemplo, sobre o PEP, profilaxia pós-exposição, que consiste em um medicamente tomado até 72 horas após a contaminação, assim como seus riscos. Também, para aqueles em suspeita, agendar-se-ia, discretamente, exames já conhecidos, a fim de que ninguém fosse constrangido ou tivesse medo de procurar um posto por conta própria. Assim, o risco de novas contaminações poderia cair e a informação ser repassada.