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Enviada em: 27/08/2017

Nos últimos anos, houve um aumento considerável de casos de doenças sexualmente transmissíveis no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, entre 2010 e 2015, os casos de sífilis aumentaram 5000%. Tal problema se deve ao fato de a maior parte da população, principalmente adolescentes, acreditarem que DSTs são realidades distantes, que acontecem apenas com os outros, o que torna comum a não utilização de preservativos e consequente contração das doenças em questão. Nesse sentido, esse quadro é reflexo da falta de conscientização a respeito da necessidade de prevenção assim como da realização exames de diagnóstico.       Posto que a camisinha é o melhor método de proteção contra doenças transmitidas via sexual, o uso dessa é indispensável, e, sendo assim, a ausência de prevenção é a principal causa do crescimento do número de pessoas infectadas no país. De acordo com uma pesquisa realizada com alunos do 9º ano de escolas públicas e privadas feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nos últimos três anos, a redução dos que usaram preservativo foi de nove pontos porcentuais. Esse dado revela uma realidade preocupante, uma vez que os adolescentes estão mais expostos devido à falta de cuidado com a saúde. Sendo assim, a falta conscientização e cuidado contribuem para o aumento da ocorrência de pessoas com DSTs.       Outrossim, o desconhecimento de quem são os portadores tanto por parte dos doentes quanto do poder público, inviabiliza a criação de políticas públicas com vistas a diminuir a propagação de DSTs. Nesse sentido, é preciso que as pessoas façam exames periodicamente para que sejam tomadas as devidas providências. O Sistema Único de Saúde (SUS) fornece o exame para sífilis, assim como de outras doenças do gênero, de modo rápido e gratuito. O diagnóstico é imprescindível, pois desse modo pode-se realizar o tratamento, e, dessa maneira, impedir que essas patologias se tornem epidêmicas.        Por tudo isso, faz-se necessária a adoção de medidas com vistas a mitigar o problema exposto. Para tanto, é preciso que governo, escolas e a mídia se unam para conscientizar a população a respeito da importância do uso de preservativos e sobre as consequências das DSTs por meio da distribuição de cartilhas educativas. É imperativo, ainda, que sejam promovidas, por parcerias entre prefeituras e empresas privadas, campanhas de exames gratuitos nas cidades brasileiras com o intuito de identificar pessoas portadores de DSTs.