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Enviada em: 04/09/2017

Fredie Mercury. Cazuza. Renato Russo. Tais personalidades possuem em comum o fato de serem casos icônicos de vidas interrompidas, precocemente, em virtude de complicações geradas por Dst´s, descortinado a agressividade dessas patologias. Atualmente, o combate a tais doenças é bem mais eficaz devido aos avanços da medicina e biotecnologia. No Brasil, apesar dessas inovações, ainda existem entraves socio-educacionais que precisam ser revertidos.   Primeiramente, deve-se pontuar a falta de cuidado individual frente a essas enfermidades. Bauman, filósofo polonês, caracteriza o homem da pós-modernidade pela predominância do imediatismo. Tal conceito é evidenciado em nossa sociedade pela atitude, por vezes, inconsequente, visto a necessidade de prazer momentâneo. Nessa perspectiva, o cidadão, muitas vezes, sobretudo no ato sexual, desprende-se de cautelas básicas, tais quais o uso de preservativo ou conhecimento do histórico clínico do parceiro ou parceira. O resultado é um aumento no número de doentes, o qual poderia ser evitado, caso houve-se uma mudança de mentalidade.    Ademais, é preciso ressaltar déficits em nosso sistema educacional, no que tange essas doenças. Nesse sentido, nosso atual modelo de ensino funciona tal qual uma linha fordista, visto a imposição de conteúdos focada, quase exclusivamente, no vestibular. Desse modo, o ensino básico de saúde e medidas profiláticas é resumido a tópicos pontuais, os quais sejam coniventes as pautas das provas. Assim, o espaço para instruir o jovem sobre essa questão de saúde pública é reduzido drasticamente, culminando, por vezes, para a perpetuação de desconhecimentos e criação de achismos. Nesse contexto, o cidadão pode não só interpretar os avanços científicos como curas propriamente ditas- passando uma falsa sensação de imunidade-. mas também executar o mesmo descaso de Cazuza, Renato Russo e outras vítimas, enraizando ainda mais as Dst´s como problemática social.     A nação, portanto, vive um quadro crítico que precisa ser revertido. Logo, é essencial a atuação de ONG´s junto a redes sociais, como "Facebook" e "Twitter". Dessa forma, com a veiculação de campanhas em vídeo que objetivem enfatizar a importância da prevenção frente as Dst´s, especificando métodos profiláticos e desarticulando  caráter imediatista da população, a fim de mudar sua mentalidade. Também é necessária a ação dos Ministérios da Saúde, Educação e Municípios. Dessa maneira, com a criação nas grades escolares de espaços para debates e palestras com especialistas. Assim, no intuito de melhor instruir o estudante a respeito dessas doenças, desconstruir achismos e garantir um conhecimento seguro, minimizando a propagação dessas patologias dentro do corpo social.