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Enviada em: 06/09/2017

Na década de 80, o surgimento do vírus da AIDS no mundo mobilizou o meio científico no sentido de combatê-la. Dessa forma, a partir desse fato, a medicina desenvolveu métodos de prevenção e profilaxia também para outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Por outro lado, embora seja notório os avanços de tais esforços, pode-se afirmar que o aumento de infectados no Brasil se deve a ineficácia do poder público quanto a tarefa de educar e tratar a população.     No que tange a conscientização sobre as DSTs, há de se frisar que os setores de educação e saúde não estão sendo efetivos nesse propósito. Os dados do Ministério de Saúde revelou um aumento do contágio entre os jovens, sendo assim tal indicador aponta que as escolas estão negligenciando na função de informar os seus alunos quanto à prevenção dessas doenças. Outro equívoco inserido nesse contexto refere-se à cartilha sobre DST distribuída pelo Governo Federal. Tendo vista que a população brasileira é composta por um grande número de analfabeto e a mesma não possui o hábito da leitura, conclui-se, portanto, que essa iniciativa não produzirá o efeito esperado pelas autoridades.    Além da desinformação, a incipiente rede de tratamento é outro fator que colabora para a expansão das DSTs. Tomando o segundo estado com o maior índice de HIV, o Amazonas, percebe-se que parte desta região não conta com o tratamento pós-exposição (PEP), por exemplo. Dessa forma, considerando que esse recurso visa eliminar a infecção de pessoas que se expuseram ao contágio, a ausência deste e de outras formas de assistência implicam na propagação das DSTs na sociedade e, de forma especial, na parcela desprovida de ensino e renda.     Portanto, visando a redução de casos de DST no país, o Governo Federal de atuar nos campos da instrução e saúde. Quanto a tarefa de educar, o Ministério da Educação deve elaborar um programa de conscientização de pais e alunos para propagar a mensagem prevencionista no ambiente familiar. Em adição,ao invés de realizar campanhas publicitárias apenas na época do Carnaval - conforme praxe - o Ministério da Saúde deve realizá-las ao longo do ano. Por fim, tendo em vista que a estatística pública aponta uma elevação no número de infecções em pessoas de baixa renda, cabe o Estado priorizar os investimentos no sentido de levar profissionais e recursos materiais para o combate às DSTs nos locais de grande vulnerabilidade social.