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Enviada em: 07/09/2017

A ineficácia de cartazes colados em postos de saúde       O aumento de infectados por DSTs no Brasil tem inúmeras causas que devem ser combatidas com campanhas de conscientização para prevenção, diagnóstico e tratamento eficazes. Para isto, fundamental é que estas saiam dos limites das unidades de saúde e avancem até onde as pessoas estarão se relacionando. Campanhas com distribuição de camisinhas para prevenção de DSTs somente no Carnaval abrangem menos de 2% dos dias do ano.       Aplicativos de relacionamento têm cada vez mais usuários e impõem uma nova forma de relacionamentos, com maior frequência e variedade de parceiros. As próprias redes sociais já atuam, há mais tempo, como facilitadoras de novos relacionamentos. A utilização de estratégias de campanha nas redes sociais e aplicativos têm, sem dúvida, maior abrangência e melhor alvo do que cartazes afixados em postos de saúde.        As campanhas de conscientização também precisam mostrar, de forma didática, os riscos de contaminação, as diferentes vias de transmissão, as formas de prevenção para cada uma dessas vias, as orientações para diagnóstico e busca por tratamento das DSTs. O diagnóstico e o tratamento adequado são outros fatores que interferem diretamente na prevenção, pois indivíduos não diagnosticados e não tratados adequadamente são transmissores de DSTs.       Desde a década de 80, com a epidemia de AIDS no Brasil, o Programa Nacional de DST/AIDS vem impantando CTAs - Centros de Testagem e Aconselhamento, onde é possível realizar testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C, além de orientação e encaminhamento para tratamento. O HIV/AIDS Action também já está disponível para compra em farmácias para testagem rápida por um valor de cerca de setenta reais.       A informação necessária no lugar certo juntamente com os recursos para prevenção, diagnóstico e tratamento permitirão, no caso das DSTs, que todos possam cuidar da sua saúde e do parceiro ou parceira.