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Enviada em: 16/10/2017

Com a eclosão dos movimentos de contracultura do século XX, a promiscuidade e o hedonismo tornaram-se marcas desses. Desde então, tem-se no Brasil e no mundo, um aumento do número de infectados por DSTs. Centrando-se no caso brasileiro, percebe-se que tal aumento é motivado por outros fatores, a exemplo da erotização como elemento cultural e a falta de uma política de conscientização bem consolidada.    Dessa forma, tendo em vista a maneira como a erotização verifica-se presente no conteúdo de muitas propagandas, sobretudo as que estimulam o uso de drogas como o álcool, a presença de artifícios que se utilizam da sensualidade é evidente na objetificação da mulher e no destaque à virilidade. Por conseguinte, tem-se uma reforço da concepção hedonista que estimula a busca por um sexo prazeroso, o que é uma das justificativas para o abandono do uso de preservativos por grande parte dos brasileiros.     Por essa razão, a reincidência de DSTs mais comuns antigamente, como a sífilis e a gonorreia, bem como a intensificação dos casos de Aids, constituem uma preocupação para o governo. Desse modo, analisar o que é necessário mudar para promover uma política de conscientização mais bem consolidada e que não se restrinja a determinados momentos do ano, como o carnaval, é de suma importância, ainda mais que as possibilidades de tratamento estimulam muitos a abandonarem o uso de preservativos.    Por isso, de forma a combater o aumento dos infectados por DSTs, é necessário que o Ministério da Saúde promova mais ações de conscientização, próximas da realidade das pessoas, como a ocorrida durante as Olímpiadas de 2016, em que através de uma aplicativo, voluntários orientaram quem quisesse quanto a prevenção, o diagnóstico e tratamento das DSTs. Ademais, o governo pode investir na educação sexual nas escolas, oferecendo materiais específicos e professores capacitados em realizar discussões pertinentes, a fim de orientar os jovens acerca dos riscos das doenças sexualmente transmissíveis. Só assim, será possível controlar o aumento dos infectados por DSTs no Brasil.