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Enviada em: 08/09/2017

As doenças sexualmente transmissíveis (DST's) tornaram-se um problema de escala global, principalmente a partir do século XX. Com a descoberta da pílula anticoncepcional e com maior liberdade entre os jovens, epidemias e até pandemias de sífilis, gonorreia, Aids, entre outras doenças, se difundiram pelo mundo, matando milhões de pessoas. Na última década, porém, o número de mortes relacionadas ao vírus da Aids - uma das doenças mais letais - diminuiu em um terço no mundo, ao passo que no Brasil, o número de infectados assustadoramente dobrou no mesmo período de tempo, segundo dados da ONU e do Ministério da Saúde. A situação se agravou novamente, a ponto de que as DST's precisam ser combatidas com mais força novamente.    A princípio, deve-se ter em mente que o Brasil faz campanhas de incentivo ao uso de preservativo durante o carnaval, e disponibiliza esse recurso gratuitamente para a população o ano todo. Somado a isso, nosso país possui um dos tratamentos mais acessíveis contra a Aids, também podendo ser obtido gratuitamente, o que é aparentemente contraditório, levando em conta o aumento de infectados anteriormente citado.    É provável que esse aumento se deva principalmente ao grande avanço da medicina nos últimos decênios, que passou a controlar várias DST's no mundo todo. Isso gerou certo "conforto" na mente dos cidadãos e do governo brasileiros, este que antes fazia mais esforço na mídia para conscientizar aqueles. Tal conforto se reflete na Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas da população brasileira, que, em 2013, confirmou que 21,6% dos jovens acham que existe cura para DST's mais graves como a Aids e a sífilis, o que, infelizmente, ainda não é verídico.    Podemos inferir, conforme o exposto, que devem ser criadas medidas contra o aumento contínuo dessas enfermidades no país. O Ministério da Saúde, em parceria com a mídia, deve fazer mais campanhas de conscientização por meio de propagandas e cartazes que causem impacto e reflexão na população, não somente no carnaval, mas o ano todo, já que a contaminação pode ocorrer em qualquer época. O Ministério da Educação, por sua vez, deve reforçar o conteúdo sobre sexualidade nas escolas, exigindo que sejam informadas as causas e as consequências dessas patologias aos alunos, a partir dos 12 anos, com palestras realizadas por profissionais da área. Assim, evitaremos que haja mais epidemias que colocam a vida de nossos cidadãos em risco, e faremos com que quaisquer dúvidas dos estudantes sejam sanadas antes que seja tarde demais.