Materiais:
Enviada em: 12/09/2017

"Os prazeres dessa vida já se tornaram maldição / O sexo é apenas uma forma de morrer". Assim, na música "Aids, Pop, Repressão", a banda Ratos de Porão sintetizava o estado de alarme em que o Brasil se encontrava na década de oitenta, onde as doenças sexualmente transmissíveis, em especial a AIDS, levavam a vida de diversas pessoas, inclusive figuras famosas, como os artistas Cazuza e Renato Russo.        Desde então, o Brasil adotou uma série de políticas de tratamentos, que fez com que os índices de transmissão caíssem. Porém, passamos a agir como se a epidemia estivesse controlada, afrouxando medidas de precaução. Pesquisas apontam para um preocupante novo aumento no número de infectados por DSTs no Brasil. Por isso, faz-se necessário voltar a se debater medidas para solucionar essa velha adversidade.       O foco das infecções é nos jovens , que não viveram o período de surto, e aparentam não ter medo das doenças, tampouco conhecê-las. É comum nessa faixa etária a não utilização de preservativos, além da falta de informação sobre o assunto, onde predomina-se o senso comum, como por exemplo, o fato de muitos acreditarem que "existe cura para AIDS", que na verdade, é incurável.      A síflis também emerge como uma grande preocupação. Por muitas vezes se desenvolver em lugares não visíveis, como na garganta ou dentro do útero, ela se torna difícil de ser percebida. Além disso,  a maioria da população nunca fez qualquer tipo de exame para verificar se contém alguma dessas doenças, o que deixa nítido a falta de medidas de informação e prevenção atualmente.       É necessário intervenções mais incisivas do Governo Federal para combater o problema. Programas em que o  Sistema Único de Saúde trabalhasse em conjuntura com as escolas Estaduais e Municipais do país, realizando campanhas de conscientização, distribuição de preservativos e a realização de exames dentro das escolas, seriam extremamente eficazes, pois direcionariam ações diretamente no cerne do problema.