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Enviada em: 19/09/2017

Criado na década de 80, o Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das DST (doenças sexualmente transmissíveis), tornou-se referência mundial no tratamento destas, além de ser diariamente a voz de milhares de brasileiros infectados. No entanto, apesar de uma boa representação, o Brasil tem enfrentado um aumento significativo de contagiados em seu território, em especial jovens, haja vista a ausência dos pais no que tange à conversas com seus filhos sobre sexo seguro, e a persistência da sexualidade como tema tabu na sociedade brasileira. Pode-se afirmar que, no Brasil, apesar de a mídia abordar temas como as doenças sexualmente transmissíveis muitas vezes corretamente, inúmeros jovens se baseiam em séries e novelas que tratam das doenças venéreas de maneira fantasiosa. Sob essa ótica, o papel dos pais faz-se imprescindível, uma vez que diálogos respeitosos e orientações podem impedir que informações deturpadas sirvam como base da vida sexual dos púberes, pois, em consonância com o filósofo Immanuel Kant, ''o ser humano é aquilo que a educação faz dele''. Ademais, é importante salientar que a veiculação de campanhas informativas acerca das DST ainda é um campo inexplorado pelo Ministério da Saúde. Visto que a maioria da população brasileira evita discutir temas tabu como a sexualidade, devido a histórica influência e repressão da Igreja Católica, é notório que esse comportamento se reflete na postura de órgãos governamentais e também de empresas, tendo em vista o insatisfatório número de realização e patrocínios de campanhas publicitárias sobre o assunto. Dessa maneira, fica evidente que a deficiência de campanhas de prevenção e orientação está intrinsicamente relacionada aos costumes morais da sociedade, o que deve ser mitigado, visto que prejudica a população brasileira. Infere-se, portanto, a configuração negativa do aumento de infectados por DST no Brasil. Assim, cabe aos governos municipais, em parceria com o terceiro setor, o desenvolvimento de projetos em lugares públicos destinados à juventude, assim como à família dos participantes, de modo a incentivar a desinibição nos diálogos familiares. Outrossim, acordos entre o Ministério da Saúde e os meios midiáticos são de grande importância para uma maior veiculação de campanhas informativas no rádio, televisão e principalmente na internet, objetivando o maior alcance de pessoas possível. Por fim, os cidadãos, de maneira geral, devem comprometer-se em aplicar os conhecimentos adquiridos, de forma a diminuir as estatísticas acerca dos brasileiros infectados por doenças sexualmente transmissíveis.