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Enviada em: 22/09/2017

O vídeo clipe Corpo Sensual da "drag queen" Pablo Vittar em parceria com o Ministério da Saúde possui um cena onde a "drag" pega uma camisinha e oferece à seu parceiro. Essa cena tinha como finalidade estimular o uso da camisinha entre os jovens, no entanto, comentários do gênero “pra que camisinha se ele não engravida?” serviram para mostrar que o jovem brasileiro desconhece as outras finalidades da camisinha. Por lógica, é compreensível que o aumento do número de doenças sexualmente transmissíveis (DST) é devido a esse desconhecimento. Destarte, é vigente a necessidade de estimular o uso da camisinha para combater o aumento das DSTs.   Atualmente, seguindo a perspectiva da liquidez baumaniana, é comum as pessoas se relacionarem sexualmente com várias pessoas. No Brasil, segundo pesquisa da Pcap 2013 (divulgada em 2016), 6 a cada 10 jovens já fizeram sexo sem preservativo ou ainda no último ano 43,4% dos entrevistados não se protegeram durante um sexo casual. Por conseguinte, esses dados completam estimativas alarmantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) que a cada ano são registradas, aproximadamente, 937 mil novos casos de Sífilis, 154 mil de Gonorreia, 190 mil de Clamídia e 648 mil de HPV.   Outrossim, apesar das DTSs possuem cura ou um tratamento, geralmente, são doenças silenciosas que o portador, outra vez por desinformação, acaba procurando assistência médica tardia quando o quadro já está agravado. Indubitavelmente, durante o período da infecção até o tratamento da doença, a realização da sexo sem preservativo acaba espalhando o patógenos para os demais parceiros sexuais e consequentemente o ciclo continua e as DSTs prevalecem.   Desse modo, é vigente a necessidade de sanar este ciclo por medidas governamentais e municipais. O Ministério da Saúde e Ministério da Educação juntamente com o terceiro setor – constituído por entidades em prol da causa – se mobilizem para conscientizar a população desde a escola até dentro de suas casas. Nas escolas devem haver palestras, aulas ministradas por profissionais da saúde destinadas a abordar as consequências do sexo sem preservativo, sobre gravidez indesejada e principalmente sobre como se prefinir das DSTs e onde buscar auxilio. Ademais, nas cidades, com recursos municipais, devem existir “visitas de saúde mensais” com a finalidade de conscientizar, distribuir preservativos, sanar dúvidas sobre sintomas de DSTs e outras doenças. Dessarte, poderemos então destruir o ciclo da desinformação e das DSTs.