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Enviada em: 23/09/2017

Segundo o Ministério da Saúde, os casos de doenças sexualmente transmissíveis aumentaram consideravelmente ao decorrer dos últimos anos, sendo que, os jovens são os principais alvos destas. Apesar do aumento das informações circulantes sobre os riscos e os métodos de prevenção dessas doenças, o número de infectados vive um crescimento constante no país. Nesse cenário, não somente é importante a compreensão das causas desses fatos, mas também a criação de medidas, por parte do governo e da comunidade, que combatam fortemente essa realidade.       De acordo com o Sociólogo polonês Zygmund Baumand, vivemos um momento de sociedade líquida, de forma que as relações pessoais são baseadas na rapidez. Em concordância com o dito do autor, uma boa parte dos jovens brasileiros -cerca de 20%- costumam ter relações sexuais com mais de 5 parceiros durante um ano, como dizem os dados da PCAP 2013, Pesquisa de Conhecimento, Atitude, e Prática na População Brasileira. Nesse contexto, a busca do prazer imediato sobrepõem a segurança individual, visto que, não raramente, as pessoas não tem informações concretas sobre a saúde dos seus parceiros.          É fato que a expansão do acesso a internet no Brasil ajudou consideravelmente na dispersão dos conhecimentos sobre as DSTs. Porém, em contradição a esse avanço, o aumento da ocorrência desses quadros deve-se a falta de conscientização das pessoas. Nesse sentido, os cidadãos tem o acesso a informação, mas, a negligenciam, devido a perigosa e falsa sensação de seguridade. Dessa forma, os indivíduos abrem mão do uso da camisinha por se sentirem a salvo de tais enfermidades, como foi o caso do famoso ator americano Charlie Sheen, que descobriu recentemente ser portador do vírus HIV, proveniente de sexo sem proteção.          É seguro afirmar, portanto, que o crescimento do número de portadores de doenças transmitidas pelo sexo é uma situação alarmante e que necessita de imediatas medidas para frear tal desenvolvimento. Para tanto, é fundamental que o Conselho Nacional de Medicina, criem palestras, principalmente em universidades e escolas, que expliquem os riscos das DSTs, a importância de conhecer seu parceiro sexual e a necessidade de manter os exames infectológicos em dia, para dessa forma, conseguir, verdadeiramente, a conscientização da população. Ademais, é imprescindível o incentivo, por parte do Ministério da saúde da grande mídia, do uso de camisinha, através de campanhas publicitárias que demonstrem o aumento progressivo dos casos dessas doenças, para com isso, acabar de vez com essa problemática.