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Enviada em: 02/10/2017

Na série "Os Dias Eram Assim", da Rede Globo, o drama vivido pela personagem Nanda, a qual contraiu o vírus HIV, emocionou o público. Na trama, contextualizada na década de 1980, a jovem precisou lidar com o desconhecimento perante a "doença nova" e acabou falecendo. No atual e real contexto social brasileiro, no entanto, têm sido cada vez mais recorrentes os casos de indivíduos contaminados por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como a sífilis e, até mesmo, a AIDS. Tal situação epidêmica, por sua vez, demanda esforços mais significativos por parte de setores do Estado e da sociedade civil para ser positivamente transformada.    De fato, o aumento substancial de infectados por DSTs é um infortúnio cuja resolução mostra-se urgente. A esse respeito, ressalta-se que muitos governantes tem sido negligentes em relação ao referido problema. Nessa perspectiva, apesar de o país dispor de um ministério responsável por promover a saúde da população, não parece ser dada, em alguns setores da administração pública, a prioridade que essa demanda merece no Brasil, o que desrespeita, inclusive, o direito básico à saúde previsto na Constituição de 1988.    Ademais, embora o Governo realize algumas campanhas educativas de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, grande parcela da sociedade ainda não dá a devida importância a essas profilaxias, o que se revela, por exemplo, pela irrelevância dada ao uso de preservativos. Nesse contexto, muitos acreditam que a camisinha, a título de ilustração, serve apenas para evitar gravidez, pensamento adverso comprovado pela recente polêmica envolvendo a drag queen e cantora Pabllo Vittar, cujo videoclipe foi alvo de comentários ignorantes por promover o uso do referido preventivo. Esse comportamento populacional, contudo, é bastante incoerente com uma conduta cidadã em se tratando de contribuir para o bem-estar coletivo em termos de saúde, contribuindo para a .       Portanto, a fim de minorar casos de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis, como o vivido pela personagem Nanda, compete ao Governo Federal intensificar políticas públicas concernentes à promoção do bem-estar dos brasileiros por meio de uma maior destinação de recursos financeiros pelo Ministério da Saúde a estados e municípios, o que pode facilitar a realização de campanhas educativas mais concisas. Outrossim, é conveniente que as instituições educacionais, como escolas e universidades, fomentem, em crianças e adolescentes, um pensamento cognitivo que dê a devida importância ao uso de preservativos. Tal medida, concretizada por intermédio de palestras e de seminários ministrados por professores e por profissionais da saúde, teria como objetivo elucidar as futuras gerações sobre as DSTs, contribuindo para a diminuição desse problema no Brasil.