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Enviada em: 01/10/2017

O limiar do século XX foi marcado por vários avanços. Nesse espectro, é pertinente ressaltar a descoberta da penicilina em 1928 por Alexander Fleming, a qual representou um avanço imperioso no combate às bacterioses. Entretanto, as inovações tecnológicas associadas à medicina têm se mostrado insuficientes sob o viés do aumento das DSTs no Brasil. A negligência do indivíduo inserida em diversas variáveis e a ineficiência das campanhas de saúde pública contribuem para a manutenção da problemática.                Em princípio, é válido analisar a situação comportamental do indivíduo como um dos precursores do aumento das DSTs no Brasil. De acordo com uma pesquisa realizada pela Gentis Panel, 52% dos brasileiros nunca ou raramente usam preservativos, ainda que sejam distribuídos gratuitamente pelo sistema público de saúde. Face ao exposto, o aumento dos casos de AIDS tem ido à contramão aos avanços tecnológicos, uma vez que o Brasil é responsável por 40% da incidência na América Latina, segundo a UNAids. Sob essa linha de pensamento, o aumento das DSTs de cunho bacteriano, como, por exemplo, a sífilis e a gonorreia também mostram-se preocupantes, ao passo que as bactérias apresentam-se cada vez mais resistentes, haja vista o uso indiscriminado de antibióticos. Assim, a banalização quanto à prevenção, principalmente por parte dos jovens, influi decisivamente no contexto.           Além disso, é favorável destacar o papel da saúde pública inserido na problemática. Não obstante o Brasil apresente uma das maiores coberturas de tratamento, sobretudo no que tange à AIDS, é notório que as campanhas de conscientização apresentam-se pouco persuasivas. Exemplo disso é o aumento da contaminação em épocas de festas como o Carnaval, em que as campanhas de prevenção apresentam maior ênfase. Alguns indivíduos possuem dificuldades de mensurar os malefícios causados pela aquisição e não tratamento de uma DST, seja devido a pouca amplitude das campanhas, seja pela carência de educação sexual nas escolas.            Logo, medidas se fazem necessárias visando a atenuação do número de infectados por DSTs no Brasil. Cabe ao Ministério da Saúde em parceria com a mídia - forte agente articulador - relativizar as informações acerca das DSTs veiculando campanhas que instiguem de fato na população adesão aos métodos de prevenção. Para isso, torna-se conveniente o uso de uma linguagem mais clara e objetiva, além da adoção de situações que não envolvam somente o Carnaval, mas também em todas as esferas de contaminação. Por fim, o Ministério da Educação deve inserir a educação sexual nos programas escolares, tendo o público jovem como alvo, com o fito de trazer mais esclarecimento sobre as DST e expor a necessidade da prevenção como fator primordial quanto à contaminação.