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Enviada em: 01/10/2017

Cazuza, Renato Russo e Freddie Mercury. Esses talentos da música foram vitimizados e mortos pelo vírus da Aids, a mais grave DST. Embora o nível de conhecimento sobre as doenças sexualmente transmissíveis de outrora sejam diferentes das atuais, o índice de DSTs continuam a crescer no Brasil. Sendo assim, cabe explorar o porquê desse aumento e suas implicações na sociedade. Nesse cenário, é importante destacar que o aparente controle dessas doenças promovem a ideia de que o risco de contaminação é inexistente. Em uma recente pesquisa feita pelo Governo foi constatado que cerca de 22% dos jovens acham que a aids tem cura. Tal pensamento coloca em risco a vida de deles que além de ficarem expostos ao vírus essa ação pode resultar em uma gravidez indesejada e o risco da contaminação do feto. Assim, apesar de os hippies terem feito sucesso nos anos 70 e tivessem como ideologia a liberdade sexual extrema, esse vestígio de "viver ao máximo" ainda é recorrente. Tal comportamento, perigoso e irresponsável, resulta em um aumento da automedicação, como o uso das pílulas de emergência, e na propagação de um possível contágio.  Ainda por essa via pode-se perceber os impactos físicos e psicológicos que uma contaminação pode trazer. Sabe-se que a AIDS, é uma doença incurável que atua sob o organismo do indivíduo desestruturando seu sistema imunológico e que a sífilis pode causar até problemas neurológicos. Aliás, quadros de depressão também podem ser percebidos pelo preconceito que ainda existe sobre essas enfermidades.Dessa forma, uma vez que não há uma preocupação sobre os riscos de contaminação, a sociedade de forma geral padece.Cerca de 60% da população sexualmente ativa, segundo o UOL, relatam ter vergonha de fazer exames que detectem tais doenças. Isso é um prejuízo para a sociedade, já que muitas pessoas se utilizam da transfusão sanguínea para verificar sua doença. Infelizmente, o conceito Grego do Hedonismo, que prega a busca pelo prazer desenfreado, tem um crescente número de adeptos que ironicamente, se não houver preocupação com a saúde, irão gozar dessa ideologia em outro plano de júbilo.  Portanto, é fundamental haver o resgate sobre os riscos de contaminação sexual. Para isso, o Ministério da Saúde e o MEC podem promover palestras nas escolas públicas do país, para pais e alunos, alertando sobre o contágio e também a realização de exames. Além das palestras poderiam apresentar documentários que retratem a doença, como o do Renato Russo. A mídia deve promover debates sobre o assunto por meio de programas, incluir essa discussão em sua programação e ampliar as propagandas sobre os riscos da doença e suas formas de prevenção, já que elas já são presentes em períodos como os de carnaval. Esse combate é fundamental para a saúde de toda a nação.