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Enviada em: 01/10/2017

É incontrovertível que o Brasil possui um contexto histórico marcado pela manifestação de diversas doenças, principalmente por ser um país de clima tropical que favorece essa proliferação. No período colonial, com a chegada dos portugueses, eles trouxeram consigo, além de interesses econômicos, muitas enfermidades, como varíola, febre amarela e peste bubônica, que mataram vários nativos. Hodiernamente, contudo, apesar de investimentos estatais estarem presentes nessa área, o principal desafio são as doenças sexualmente transmissíveis que têm preocupado a sociedade brasileira. Nesse contexto, deve-se refletir sobre as possíveis razões dessa realidade negativa.           Em primeiro lugar, é preciso entender que o aumento das DSTs é um problema educacional, ou seja, muitos jovens não possuem o conhecimento aprofundado dessas doenças. Isso se deve ao fato de que, as aulas de biologia exploram tal assunto de maneira rápida e superficial, não disponibilizando tempo e atenção necessária. Ademais, os alunos, geralmente, se sentem constrangidos ao abordar essa temática em sala de aula e não procuram se aprofundar, evidenciando a necessidade de maior atenção por parte dos professores. Prova disso, é, infelizmente, o fato de 21,6% da população acharem que existe cura para a Aids, segundo o site UOL, mostrando a falta de conhecimento acerca do assunto. Dessa forma, práticas sexuais desprotegidas estão cada vez maiores e, consequentemente, o aumento de DSTs cresce na mesma proporção.           Outrossim, é necessário analisar como o poder público causa a manutenção desse impasse. Isso decorre do fato do Brasil possuir poucos centros de pesquisas para a cura dessas doenças e, por outro lado, a produção de medicamentos é realizado em larga escala. Dessa forma, as pessoas que possuem DSTs como a Aids, por exemplo, conseguem prolongar sua expectativa de vida com o uso de remédios, porém, tendem a renunciar muitas coisas, além de terem que enfrentar o preconceito social. Como resultado, embora os testes e o tratamento estejam disponíveis para quem possui o vírus HIV, muita gente continua sem acesso a eles por causa do estigma e do preconceito.           Torna-se evidente, portanto, que as DSTs são um problema de saúde pública a ser erradicada. Por conseguinte, cabe à escola orientar os professores de biológicas, que devem abordar um panorama completo e compreensível de cada doença e a importância de seu combate, e até mesmo de humanas para que explanem o tema de maneira minuciosa, mostrando a necessidade de inclusão e aceitação dessas pessoas afetadas. Em adição, o Ministério da Saúde deve orientar projetos que promovam a informação em ambientes públicos e centros médicos, por meio de cartazes educativos e orientações médicas, além de implementação de máquinas de preservativos nas empresas e postos de saúde.