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Enviada em: 27/09/2017

As doenças sexualmente transmissíveis (DST´S) são consideradas como um dos problemas de saúde pública mais comuns em todo o mundo. Nesse contexto, infelizmente, no Brasil não é diferente, haja vista a falta de informação adequada sobre tais doenças, juntamente com a sua suposta normalidade, o que contribui para que esses vírus e bactérias transmissíveis se disseminem rapidamente,  representando um grave problema de saúde pública.                 Em primeiro plano, segundo a Constituição Federal brasileira, de 1998, a saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas públicas que visem a redução do risco de doenças. Entretanto, os frequentes casos de DST´s como, por exemplo, a Aids, nas regiões mais pobres do país, evidenciam que muitos indivíduos não experimentaram esse direito na prática, visto que a informação acerca dos meios de transmissão e sobre os métodos de proteção contra tais doenças são mínimas nessas regiões. Isso pode ser evidenciado na pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, em que se observou que cerca de 65% dos portadores de HIV têm escolaridade de Ensino Médio, o que é considerado um indicador socioeconômico de classe média baixa.            Outrossim, na última década, o número de novos casos teve um aumento expressivo na população mais jovem do Brasil. Nesse sentido, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o número de infectados cresceu 50% entre indivíduos de 15 a 24 anos. Nesse âmbito, esses jovens cresceram com a perspectiva de que essas doenças seriam facilmente "controladas" com o uso de medicamentos como, por exemplo, os antirretrovirais para ao HIV. Não obstante, cada vez mais cedo iniciam sua vida sexual, possuem mais parceiros e não utilizam preservativos, o que aumenta o risco de se contaminarem.                  Sendo assim, é indispensável a adoção de medidas capazes de assegurar a saúde sexual de todos os indivíduos. Para que se reverta esse cenário problemático, portanto, cabe ao Ministério da Saúde instituir campanhas em regiões periféricas de maior incidência dessas doenças, de modo a educar a população através de panfletos informacionais com métodos de prevenção, assim como os sintomas dessas doenças. Além disso, compete ao Ministério da Educação implementar, na base curricular dos anos finais do Ensino Médio, oficinas que visem a educação sexual dos jovens, envolvendo pais e alunos através de palestras com profissionais da saúde, discutindo as causas e as consequências acerca das doenças sexualmente transmissíveis.