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Enviada em: 30/09/2017

As DSTs, que antigamente estavam mais relacionadas a um grupo de risco, os homossexuais – pessoas que se relacionam com outras do mesmo sexo –, hoje, são realidade em todos os grupos, independentemente da orientação sexual. Isso porque com o avanço no tratamento e diagnóstico dessas infecções, a imagem de sentença de morte deu lugar a de doenças crônicas, ou seja, podem ser tratadas. Tal fato gera grande preocupação, pois em alguns casos, como a AIDS, não há cura; além de serem a porta de entrada para muitas patologias oportunistas.        O maior acesso a informação, aos serviços e a educação não são o suficiente para conter o aumento de infectados. De acordo com o ministério da saúde, de 2007 até junho de 2016, foram notificados 136.945 casos de infecção pelo HIV no Brasil, sendo a faixa etária que apresenta o maior número de casos encontra-se nas faixas de 20 a 34 anos. A ausência do medo, o incômodo, a redução no prazer, o esquecimento, dentre outras, são algumas das justificativas dadas para o não uso do preservativo. Com isso ocorre um aumento não apenas de doenças sexualmente transmissíveis, mas também de gravidezes indesejadas, em razão de a camisinha ser ainda um método contraceptivo.        Doenças como a sífilis e o HIV têm chamado a atenção das autoridades. Por agirem de maneira silenciosa, em que por vezes os sintomas aparecem e desaparecem após um tempo, ficando latente e reincidindo após anos. Desse modo, os indivíduos tendem a não dar tanta importância e acabam transmitindo-as para outras pessoas com as quais têm relação, bem como não procuram os serviços de saúde e, consequentemente, desenvolvem as formas mais graves da doença. Ademais, há uma maior preocupação em relação a ambas, pois podem ser transmitidas da mãe para o filho durante a gestação, no qual o risco de aborto e malformações no feto são iminentes.        Faz-se necessário, portanto, uma melhor atuação das diversas esferas institucionais para uma eficiência no combate às DSTs. O governo, através do ministério da saúde, ao aumentar a profilaxia pré-exposição, por meio da distribuição de preservativos; ao ampliar a disponibilidade da profilaxia pós-exposição, a qual o indivíduo poderá recorrer em até 72 horas a medicações combinadas que diminuem o risco de contrair o vírus, no caso de falhas na camisinha ou estupro; igualmente, a maior oferta de diagnóstico precoce reduziria os danos e sequelas. O ministério da educação ao ofertar mais palestras em escolas, universidades, praças públicas, alertando para as formas de contágio, tratamento e prevenção, alcançaria uma maior parcela da população, desmistificando assim muitas dúvidas e tabus, despertando na sociedade a importância de se prevenir.