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Enviada em: 30/09/2017

Sob a égide histórica, nota-se que, no final da década de 1970, começam a surgir os primeiros casos de Aids, doença até então misteriosa, cujas causas eram desconhecidas pelas ciências médicas. Na conjuntura hodierna, entretanto, é perceptível o avanço científico no controle e tratamento das DSTs, doenças sexualmente transmissíveis. Em contrapartida, o cenário brasileiro de infectados por tais patologias atua na contramão dos dados mundiais. Nesse âmbito, fatores comportamentais são preponderantes para compreender a problemática.       Em primeira instância, cabe pontuar o comportamento sexual da população brasileira como o sustentáculo para a continuidade de doenças. Quando o filósofo Francis Bacon afirma que "As condutas, assim como as doenças, são contagiosas", ratifica a perspectiva de que certos hábitos, como o sexo casual, perpetuam mazelas sociais, a exemplo das DSTs. Em adição, a evolução científica, que aumenta a longevidade das pessoas que possuem tais doenças, faz com que a sociedade se sinta confortável em ter comportamentos sexuais desprotegidos.        Outrossim, é válido salientar a baixa adesão às práticas preventivas como outro agente para a persistência de patologias sexualmente transmissíveis. O filósofo alemão Nietzsche elaborou a teoria do super homem, indivíduo não condicionado pelos hábitos e criador de seus próprios valores. Em contraposição a essa visão, o super heroísmo do jovem brasileiro se pauta no parecer de que ele está acima do risco de contágio, em detrimento de outras pessoas. Em confirmação ao supracitado, dados do Ministério da Saúde constataram que 60% da população brasileira não usa preservativos.           Mediante esse cenário, é primordial que as responsabilidades sejam compartilhadas entre Poder Público, escola e mídia. Àquele cabe a orientação de projetos que promovam a informação em ambientes públicos e centros médicos, além da implementação de máquinas de preservativos em escolas e postos de saúde. A essa, a abordagem da disciplina educação sexual, discutindo os riscos e a prevenção das DSTs. Por fim, a esta compete a veiculação contínua de campanhas e debates públicos voltados a demonstrar a necessidade de se combater tais doenças, propiciando, assim, o engajamento social e a minimização dessa mazela.