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Enviada em: 30/09/2017

Sífilis, Gonorreia, HIV são algumas das doenças sexualmente transmissíveis (DST's) que vêm se propagando pelo Brasil. Nesse âmbito, deve-se considerar a carência de informações dos jovens a respeito de proteção e a efemeridade dos relacionamentos modernos na acentuação do problema.      Em primeira análise, cabe ressaltar que o sexo, principal via de transmissão de DST's, é um tabu social. Diante disso, o assunto passa a ser negligenciado ou tratado de maneira superficial prejudicando dessa forma a prevenção de doenças. Comprova-se isso por meio dos relatos de acadêmicos de medicina da Faculdades Pequeno Príncipe, os quais realizaram um projeto de educação sexual com crianças de escolas públicas periféricas e constataram que esses jovens iniciavam a vida sexual cedo e inúmeras vezes sem os conhecimentos preventivos necessários. Os motivos desse déficit consistem na dificuldade que os professores tem de tratar do assunto com os  adolescentes e de transmitir a mensagem de maneira eficaz e também da resistência de inúmeros pais, os quais associam a discussão do assunto com a estimulação do comportamento sexual ativo do filho.      Ademais, a promiscuidade está se naturalizando na sociedade moderna. A falta de vínculos e a fluidez das relações acarretou no fenômeno do "Amor Líquido", o qual consiste, segundo o filósofo Zigmunt Bauman, na necessidade de se ter mais de uma opção de relacionamento amoroso. Essa insegurança acarreta no aumento do número de parceiros sexuais e, por conseguinte, as chances de disseminação de DST's são multiplicadas. Uma prova disso está nos dados do Departamento de Saúde pública de Denver, os quais apontam que um grupo de pessoas que tiveram mais de 7 parceiros diferentes nos últimos 12 meses têm chances 68% maiores de contrair alguma doença.     Portanto, medidas são necessárias para atenuar a problemática. É imprescindível que as escolas organizem eventos que tratem a respeito do contagio, transmissão, prevenção e tratamento das doenças venéreas e que a instituição inclua os pais aos projetos, a fim de fornecer as informações ao s jovens ao mesmo tempo que se suscita um diálogo deles com os pais. Além disso, as unidades básicas de saúde devem investir na conscientização do público restante, a fim de incentivar o uso de preservativos principalmente em casos de relações sexuais casuais. Tal campanha pode ser feita na própria unidade através de murais com fotos e informações a respeito das principais doenças sexualmente transmissíveis, a fim de provocar choque e, por conseguinte, desencadear o desencantamento de mundo proposto por Kant, que consiste na percepção do assunto tratado como parte da realidade em que esta inserido, e não de apenas um tema de campanha publicitária. Diante disso, espera-se uma redução no número de doenças sexualmente transmissíveis no Brasil.