Materiais:
Enviada em: 05/10/2017

Tábula Lockiana      Com o agravamento das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), o mundo desenvolveu os preservativos sexuais que possibilitaram a diminuição da contaminação por essas doenças. Entretanto,no Brasil contemporâneo,há um aumento do número de infectados por DSTs, uma vez que há uma desconscientização relativo ao sexo seguro em consonância com a banalização sexual na juventude.      Com ponto inicial de reflexão, é válido analisar a razão pela qual alguns brasileiros não utilizam os métodos preventivos.Nesse âmbito, a escassez de informação e divulgação tanto da importância do uso da camisinha e seus afins, quanto dos efeitos das DSTs é uma fator desmotivante e consternador, visto que os indivíduos não sentem a necessidade de se prevenir sexualmente,transmitindo,desenfreadamente,essas doenças. Como evidência disso,segundo o Ministério da Saúde(MS) cerca de 60% dos jovens ,de 15 a 24 anos, não utilizaram camisinhas em 2016, sendo que em torno de 5% desses tiveram alguma DST. Logo,há uma crescente contaminação devido a ignorância de parcela da sociedade.       Ademais, outro fator importante reside na banalização do sexo pelos jovens. De acordo com John Locke, filósofo empirista,o homem nasce como uma tábula rasa e as experiências o moldam. Nessa perspectiva,a convivência, diária, de conteúdos que remetem às relações sexuais - sem veicular o uso de camisinhas, apenas sobre o ato sexual - ,tais como novelas,seriados e músicas ligadas  à coreografias eróticas, influencia,desde criança, a prática do sexo. Por conseguinte, cada vez mais os jovens começam sua vida sexual ativa precocemente.Sendo assim, se ocorre  um aumento da quantidade de pessoas que têm relações sexuais,há ,naturalmente, mais infectados por DSTs no Brasil.       É evidente, portanto,que a crescente transmissão das DSTs é um óbice na saúde pública brasileira.  Destarte,objetivando mudar esse quadro, o Ministério da Educação,em consonância com o MS, deve promover campanhas publicitárias - na televisão e redes sociais - e palestras - em escolas,universidades e espaços públicos - efetuadas por psicopedagogos e direcionadas à todas classes socioeconômicas que conscientizem sobre o uso essencial de preservativos e os efeitos das DSTs. Outrossim,cabe aos órgãos governamentais ,em parcerias público-privadas, fiscalizarem os conteúdos veiculados nos canais midiáticos relativos à influência do sexo precoce no intuito de atenuar a banalização sexual e os infectados por DSTs. Desse modo, o individuo terá sua tábula lockiana moldada  de forma que não infrinja a saúde e o bem estar social.