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Enviada em: 30/09/2017

As doenças sexualmente transmissíveis acompanham a evolução humana, sendo denominadas doenças "venéreas", na Grécia Antiga, em referência a Vênus, deusa do amor. Assim, apesar de terem origem remota e hoje se conhecer todos os agentes etiológicos e as formas de transmissão, ainda representam um problema de saúde pública no Brasil, com seu peso na carga de doenças aumentando nos últimos anos. Dessa forma, cabe discutir os fatores históricos e comportamentais associados a essas enfermidades.       Em primeiro lugar, as DSTs sempre mantiveram um grande número de infectados, com sensível queda no número de casos, nos anos 1940, com a descoberta da penicilina. No entanto, a liberdade sexual experimentada nas décadas de 1960 e 1970, pela descoberta da pílula anticoncepcional e dos movimentos sociais desse período, como o "hippie", promoveram a recrudescência latente dessas patologias. Esse fato só foi repensado com o advento da imunodeficiência adquirida, nos anos 1980, promovendo-se amplo debate e divulgação midiática das formas de prevenção.       Associado aos fatores históricos, ressalta-se os comportamentais, com destaque  para promiscuidade sexual e com o falso imperativo categórico que afeta os jovens - a máxima de que não serão afligidos por nada - independente de suas condutas. De fato, apesar do Brasil possuir um dos melhores programas de combate as DSTs do mundo, ocorreu o afrouxamento das medidas preventivas, o que pode ser evidenciado pelo número de casos de HIV, que dobraram de 2005 para 2015.       Fica claro, portanto, que as DSTs possuem um viés histórico e outro comportamental. Nesse sentido, faz-se necessário que as Unidades de Saúde, públicas e privadas, trabalhem a conscientização de jovens e adultos, por meio de palestras e oficinas, mostrando os riscos e as formas de prevenção. Também, é necessário as escolas, de nível fundamental, médio e superior, em conjunto com as famílias, promoverem educação sexual, por meio de feiras de saúde e panfletos educativos.