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Enviada em: 27/09/2017

Não há dúvidas quanto a gravidade do aumento de infectados por DSTs no Brasil. Por mais que alarmante, casos como o da AIDS - que na segunda metade do século XX atingiu índices estratosféricos - demonstram que o esforço na conscientização da população, na pesquisa e na prevenção de casos são extremamente eficazes. É imprescíndivel, portanto, investir na amenização desse quadro, tendo em vista a qualidade de vida do cidadão.       Vale destacar, em primeira análise, como o baixo investimento estatal em pesquisa retarda o avanço frente a DSTs. Empresas farmacêuticas priorizam o desenvolvimento de soluções para áreas rentáveis, de maneira que outras de pouco interesse econômico são renegadas. Um caso que claramente demonstra o fato é o da Sífilis, doença de fácil tratamento cujo antibiótico  gera pouco lucro, sendo sua produção de pouco interesse para grandes corporações e causando uma subprodução.       Outrossim, o fator que mais contribui para esse expoente aumento de casos é a ignorância que advém da falta de informação. De fato, estudo realizado pela Organização Pan-Americana de Saúde demonstra que cerca de um quinto dos jovens creem que existe cura para a AIDS e aproximadamente 75% nunca fez o teste para HIV. Ao explicitar que a educação é capaz de realizar profundas transformações sociais, Paulo Freire corrobora a ideia que educar é capaz de reverter esse quadro.       É evidente, dessa forma, que muito pode ser feito para amenizar essa situação de descaso. Cabe a Câmara de Deputados e ao Senado, por meio de pressão popular, aprovarem um aumento da verba destinada para pesquisa de DSTs em faculdades públicas visando estabelecer uma alternativa às indústrias farmacêuticas e a descoberta de tratamentos alternativos. Não menos importante, é imprescindível que o Ministério da Saúde realize campanhas educativas na televisão estimulando o uso de preservativos e esclarecendo questões que são incertas para grande parte da população.