Materiais:
Enviada em: 27/09/2017

No Brasil, o hábito de se depilar é datado desde o seu descobrimento, quando Pero Vaz de Caminha relata à corte portuguesa a falta de pelos pubianos das índias. Lamentavelmente, esse costume brasileiro está diretamente ligado às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), pelo fato de comprometer a proteção natural do órgão feminino e, quando aliado ao não uso de preservativos, fomenta a ocorrência dessas doenças no país. Dessa forma, faz-se necessário a adoção de novas estratégias a fim de combater essa inquietante problemática que tem se tornado constante na sociedade brasileira.  Em um primeiro plano, é importante ressaltar que o aumento de DST’s no país está relacionado com um pensamento medíocre de que essas patologias acometem apenas certo tipo de pessoa: pobres, negros e homossexuais. Assim sendo, a camisinha – único método que previne a transmissão de doenças através do sexo- é substituída por outros métodos que evitam apenas a gravidez indesejada. Esse comportamento também é resultado de uma falsa crença de que os avanços na medicina podem curar todos os males, até mesmo a AIDS, que infelizmente ainda é um mal sem cura.  Por outro lado, é possível perceber que, mesmo sendo significativos os avanços médicos, a Sífilis, por exemplo, teve um aumento 32,7% entre os anos de 2014 e 2015, de acordo com o ministério da saúde. O mais preocupante é que, além de representar um risco para a saúde dos infectados, a mulheres grávidas podem transmitir os vírus, bactérias e protozoários para seus filhos. Nesse sentido, percebe-se que a falta de informação e de educação sexual interfere na incidência das DST’s, principalmente nas regiões mais carentes do país, onde o acesso aos meios de comunicação e as escolas é dificultado por fatores físicos e sociais.  Urge, portanto, que os indivíduos assim como instituições públicas e privadas cooperem para mitigar a ocorrência de infectados por DSTs no Brasil. Logo, a mídia, enquanto disseminadora de hábitos, poderia retratar a problemática através de ficções engajadas, assim como a forma de se proteger e de proceder após o diagnóstico. Além disso, é imperativo a parceria entre Ministério da Saúde e instituições privadas, com o propósito de promover ações nas localidades com maiores incidências, oferecendo consultas médicas, exames gratuitos e medicamentos. Por fim, cabe à escola, instituição formadora de valores, a realização de palestras e seminários, com o fito de ensinar, desde cedo, procedimentos para uma vida sexual mais saudável.