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Enviada em: 28/09/2017

O auge da interação física entre duas pessoas é, sem dúvidas, o ato sexual. Diferente dos demais animais que utilizam de tal prática apenas para a reprodução, para o homem a relação sexual é proporcionadora de prazer e intimidade entre seus semelhantes. Embora seja uma dádiva, quando ocorre de forma descontrolada, sem as devidas precauções e prevenções, o sexo se torna uma desgraça, tendo como principal consequência o aumento de infectados por DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis).        O advento da pós modernidade líquida tem disseminado uma onda de inversões de valores fazendo com que na sociedade haja a solidificação de ideias como a objetificação de pessoas, acarretando assim a logística de que as relações interpessoais devem ser voltadas ao prazer pessoal e individual, de tal forma que se o prazer é esgotado há descarte de algum indivíduo. Por conseguinte, criou-se o sentimento de busca infrene pelo sexo, justificando os dados divulgados pelo portal UOL, em 2016, que revelam que cerca de 19,5% dos jovens brasileiros tiveram relações sexuais com cinco ou mais pessoas em menos de um ano, e deste grupo, apenas 20% não são portadores de DSTs.        Por evitar o contato direto entre genitais durante o ato sexual, a camisinha é o método mais eficaz contra a proliferação das DSTs. Apesar de no Brasil serem produzidos e divulgados excelentes materiais informativos sobre o sexo consciente, no qual há o uso de camisinha, a população brasileira apresenta suas raízes no conhecimento de senso comum e religioso, ou seja, é dado mais crédito naquilo que se é dito em círculos de interações como família e igreja, do que naquilo que se diz respeito ao conhecimento científico, baseado na observação e confirmação de teses. Logo, se um indivíduo disser à uma multidão que o uso de preservativos é uma forma incorreta de se ter a prática sexual, é tendência desse grupo ser simpatizante desta ideia caso o locutor seja membro de seu grupo de afinidade. O que mostra o por quê de mais da metade da população brasileira preferir não usar camisinha durante suas relações sexuais.        É comum o pensamento de que as mais eficazes transformações ocorrem em grande escala. Entretanto, diante de um problema agarrado na cultura é necessário se pensar em mudanças em pequena escala, de cunho individual. Olhando por este parâmetro nota-se a inevitabilidade de uma educação sexual desde a infância, onde crianças e adolescentes com o apoio de profissionais serão instruídos para melhor aproveitar o presente resultante da interação social e física. Só a educação ou reeducação e capaz de romper com os tabus que têm impedido o avanço do Brasil.