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Enviada em: 28/09/2017

Segundo o Ministério da Saúde, o número de pessoas infectadas por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) aumentou nos últimos anos. Tal fato é preocupante, visto que, dependendo da doença, esta pode causar sequelas e, nos casos mais graves, levar à morte. Esse aumento é derivado da falta de prevenção nas relações sexuais e de informações sobre como elas afetam a saúde do indivíduo infectado. Desse modo, é imprescindível discutir a importância da prevenção sexual e as características da população infectada.      Primeiramente, a prevenção sexual é o único meio de proteção das DSTs. O uso de camisinhas são importantes barreiras para impedir a transmissão dessas moléstias, as quais estão disponíveis gratuitamente em qualquer estabelecimento de saúde. Entretanto, essa alta disponibilidade não promove, de fato, o uso do preservativo, porque alguns preferem o ato sem a proteção, haja visto que acham a relação mais prazerosa, ou até acreditam que usá-la previne apenas uma gravidez indesejada, o que mostra a falta de informação desta porção da sociedade. Desse modo, a pesquisa realizada  pela Gentis Panel, empresa especializada em pesquisa de mercado,  em que apenas 37% da população se protege sempre ou frequentemente, mostra a negligência nas relações sexuais.         Ademais, o número de jovens contaminados é maior que o de adultos. Segundo o Ministério de Saúde, em 10 anos, o número de portadores do HIV, vírus que desabilita o sistema imunológico e não possui cura, mas tem tratamento, duplicou entre cidadãos de 20 a 24 anos. Por sua vez, o Pcap (Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira) conferiu que mais da metade dos jovens entre 15 e 24 anos não usam preservativo, sendo esta a principal causa do aumento da contaminação. Já entre os adulto, a contaminação por sífilis, doença bacteriana que tem cura, aumentou 32,7% entre 2014 e 2015, uma porcentagem preocupante para as relações de saúde pública. Além disso, o número de gestante e bebês com essa mazela aumentou em torno de 20%, fato que implica na urgência do tratamento de pessoas contaminadas e cuidado redobrado da gestante infectada, já que pode levar a complicações graves quando adquirida pelo feto.       À luz do exposto, medidas são necessárias para resolver o problema. Para tanto, o Ministério de Saúde deve qualificar o ensino sexual e preventivo nas escolas, a fim de garantir o conhecimento dos malefícios de todas as DSTs e os benefícios do preservativo, visando a diminuição do número de jovens infectados. Junto à isso, a mídia deve realizar propagandas impactadoras sobre a consequência da negligenciação dos preservativos, com intuito de induzir uma maior utilização dos mesmos, buscando a equivalência da estatística brasileira à nível mundial, uma vez que o percentual ainda é superior.