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Enviada em: 29/09/2017

Quantidade não é qualidade.         De forma análoga à saúde pública, a educação sexual no período colonial poderia ser considerada inexistente. Tendo em vista que as relações sexuais eram tidas apenas como mecanismos de reprodução, conceituava-se tal assunto como um tabu social. No limiar hodierno, entretanto, a tecnologia e a facilidade com que as informações podem ser propagadas permitem que a educação sexual seja pauta precoce na vida de jovens e adolescentes. Apesar disso, a falta de conscientização quanto aos reais riscos de uma negligente vida sexual propicia o aumento da ocorrência das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), o que eleva a vulnerabilidade do organismo à outras doenças.           Posto isso, torna-se viável ponderar que, a despeito da livre propagação de informações mediante a internet, a escassez de conscientização é contundente. Segundo o Ministério da Saude, o uso de camisinha entre os jovens é inferior a quarenta por cento, o que explicita o despreparo, o excesso de segurança e o sentimento de inatingilibidade da geração contemporânea. Além disso, o orgão federal realizou uma pesquisa entre adultos de 20 e 24 anos em 2005, quando obteve 16,2 casos de HIV por cem mil habitantes no Brasil; e em 2015, quando os índices da DST chegaram a 33,1 casos.           Por conseguinte, uma consequência direta do acrescimento das DSTs consiste na vulnerabilidade o organismo quanto às outras diversas doenças. Para exemplificar, a AIDS, uma doença sexualmente transmissível considerada comum no Brasil, possui como agente etiológico o vírus denominado de HIV, que ataca especificamente os linfócitos, células responsáveis pela defesa do organismo e combate às infecções. Dessa forma, com a interferência no sistema imunológico, a vida do indivíduo acaba sendo arriscada por ele estar desprotegido para lidar com os organismos presentes no cotidiano.        Infere-se, portanto, que medidas são necessárias para solucionar os entraves da conjuntura apresentada. Assim, o Ministério da Educação deve introduzir palestras ou aulas obrigatórias em colégios e universidades públicas e particulares, a fim de apresentar dados reais sobre casos de DSTs e, com isso, demonstrar para os jovens que eles também podem ser vítimas. Ademais, o Governo Federal deve dedicar uma maior parte dos impostos arrecadados pela Receita Federal para investir na saúde de indivíduos contaminados por doenças transmitidas via sexual. Dessa forma, as melhorias desde o período colonial continuarão progredindo.