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Enviada em: 28/09/2017

"Suplicou-me adeus" Frente à novas concepções sociais que, a princípio, pregam a libertinagem - como a presente no movimento hippie, na década de 1960, e a discussão da identidade de gênero em Simone de Beauvoir - é incontrovertível a mudança de estigma relativo à sexualidade no hodierno. Contudo, junto a esses princípios, alguns embates da promiscuidade mostra-se evidente - dentre eles, o vertiginoso crescimento da contaminação por doenças sexualmente transmissíveis (dsts). Isso dito, como promover a coexistência salutar entre os novos fatos sociais e a prevenção da proliferação das doenças por eles incentivados? em primeiro plano, a banalização da prevenção das dsts vê-se um embate permanente na atenuação dos casos. A crença no acometimento seletivo, frequentemente, incide na negligência, principalmente, dos jovens, ao uso de medidas preventivas, como o de servir-se da camisinha. À guisa de dados do Ministério da Saúde, cerca de 60% dos adolescentes entrevistados professaram não ter utilizado preservativo na última relação antes da pesquisa, ratificando o desleixe relativo entre os membros do grupo. Além do descuido subjetivo, as políticas de engajamento social às ações diligentes são assíduas. Dotado de capital cultural com realidade, muitas vezes, virtual e infantilizada, as campanhas que aspiram à conscientização das massas promovem efeitos ínfimos e ineficazes. O sociólogo Walter Benjamin atrelaria isso a uma subversão do efeito catártico esperado cuja função dissolveu-se. Como consequência, tem-se célere alastramento das doenças devido à falta de esclarecimento social. Fica claro, destarte, que valores materializados pela sociedade civil são perpetrados, rotineiramente, com promiscuidade em virtude do desleixe individual e da faltas de ações a combatê-la. Por isso, cabe aos gestores das mídias social e televisiva decantar, por meio de ficções engajadas e pelo pleiteamento virtual, as malícies de não usar preservativo, a atenuar os casos de patologias venéreas; ao Ministério da Saúde, desenvolver mais programas que deem robustez à medicina preventiva, a medio prazo. Por fim, as escolas precisam, com parcial reforma da grade curricular, em consonância com a família, promover dialética com os adolescentes, a promover educação sexual eficiente. Feito isso, obter-se-á simbiose entre as novas ideologias e os mesmos cuidados.