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Enviada em: 30/09/2017

Segundo Edmund Burke, um povo, quando não conhece a sua história, está condenado a repeti-la. Nesse sentido, o desconhecimento histórico da década de 1980, marcado principalmente pelo auge dos casos de HIV, direciona os jovens hodiernos a não se preservarem em suas relações. Por conseguinte, o número de casos de DSTs cresce exponencialmente.     Em primeiro plano, destaca-se o fator histórico que propiciou o momento vivenciado. Desde os anos 80, os jovens tinham a noção dos riscos dessas doenças, pois elas estavam em evidência na mídia, por cantores como Cazuza e Renato Russo, portadores do HIV. Entretanto, a diminuição do número de casos gerou um falso sentimento de erradicação de doenças. Isso ocasionou, no seculo XXI, o aumento do número de casos não apenas da AIDS, como também de sífilis, devido ao não uso de preservativos na relação sexual, principalmente entre os jovens.      Além disso, constata-se que aplicativos de relacionamento, como Tinder e Grindr, contribuem com o aumento dos casos de doenças sexuais. Segundo Zygmunt Bauman, os relacionamentos nos últimos anos estão se tornando líquidos e superficiais, devido a fluidez do mundo pós-contemporâneo. Ante esse cenário, muitas pessoas buscam nesses aplicativos apenas envolvimento sexual, de curto prazo. Entretanto, como o parceiro não é fixo, há o desconhecimento do potencial risco de contrair doenças, além de muitos ocultarem se portam DSTs ou não.     Infere-se, pois, que fatores históricos e sociais influenciaram no aumento de casos de DSTs no Brasil. A fim de mitigar a problemática, o Ministério da Saúde deve distribuir cartilhas e criar campanhas publicitárias que orientem adolescentes e adultos aos riscos do sexo sem camisinha, influenciando a mudança comportamental dos mesmos. É mister, também, que o Governo Federal invista em mecanismos de rápida detecção dessas doenças nos postos de saúde, além de contratar psicólogos que orientem o indivíduo portador aos dispositivos legais que o permitam tratá-las.