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Enviada em: 01/10/2017

Em maio de 1960, a agência reguladora de remédios dos EUA aprovou a primeira pílula anticoncepcional da história. A partir de então outros métodos chegaram ao mercado e transformaram significativamente a vida sexual da sociedade. O paradoxo está, no entanto, na alta taxa de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST's), sobretudo entre os jovens, causada pela inadequada proteção, o que configura um problema de saúde pública.        Primeiramente, é preciso atentar para os efeitos advindos da relação sexual desprotegida. A gravidez indesejada é a consequência mais latente entre as adolescentes, somado a isso, graves doenças são transmitidas e podem comprometer a saúde do feto. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), recentemente, no Brasil, foram notificados mais de 93000 casos de pessoas com sífilis e mais de 680000 infectados por HPV, dados que revelam a incidência das enfermidades na nação.        Em segundo plano, é fácil perceber que o descuido é causa primordial para os altos números. Logo, a falta de informação aliada à perda do medo de contaminação vitima a população jovem. De acordo com o Ministério da Saúde, de 2005 a 2015, a contaminação por HIV dobrou entre a juventude e, ainda, pesquisas feitas pela Pcap (2013) mostram que 43,4% dessa faixa etária não se protegem durante o sexo casual. Esse comportamento irresponsável põe em xeque a própria qualidade de vida do indivíduo que, por vezes, vê-se abalado e vulnerável a outras doenças.        Fica claro, portanto, que o problema é preocupante e necessita de medidas satisfatórias a fim de ser amenizado. Para tanto, é imprescindível o papel de órgãos públicos, escolas e mídia. O Ministério da Saúde deve direcionar projetos educativos às Unidades Básicas de Saúde que, com auxílio da equipe médica, promova palestras nas comunidades sobre os métodos de prevenção e a gravidade das DST's. Isso pode ser estendido às escolas, com a instalação de suportes para preservativo com cartazes explicativos somados a debates entre alunos, pais e professores sobre o tema. A mídia também pode contribuir com propagandas publicitárias e a abordagem do problema em novelas como Malhação (rede Globo) que abrange o público jovem. Afinal é preciso potencializar o avanço conseguido pela invenção da pílula anticoncepcional.