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Enviada em: 02/10/2017

Ao longo do processo de formação do Estado Brasileiro, do século XVI ao XXI, as Doenças Sexualmente Transmissíveis consolidou-se e permaneceu forte. Na transição entre Idade Moderna e Idade Contemporânea houve uma preocupação referente ao seu aumento na sociedade, tendo perpetuado no atual cenário brasileiro como o problema de saúde pública mais comum. Com isso, surge as problemáticas advindas da massificação das DST, que persistem intrinsecamente ligadas à realidade do país, seja pela insuficiência de políticas públicas, seja pela lenta mudança na mentalidade social.    É indubitável que a questão administrativa do país e sua aplicação estejam entre as causas do problema, haja vista que os portadores de DST, em sua grande maioria, são discriminados nos vários níveis do sistema de saúde, em que o atendimento é, muitas vezes, inadequado, resultando em segregação e exposição a situações de constrangimento. Tal se dá, por exemplo, quando os pacientes têm que expor seus problemas em locais sem privacidade ou a funcionários despreparados que demonstram seus próprios preconceitos ao emitirem juízos de valor. Desse modo, evidencia-se a importância da reformulação política estrutural tangente a saúde pública como forma de combate à problemática.    Outrossim, destaca-se a negligência, sobretudo, dos jovens, tangente à prevenção sexual. Segundo Émile Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que o aumento do número de jovens infectados por DST pode ser encaixado na teoria do sociólogo, uma vez que a normalidade de uma vida sexual ativa destemida de precaução, tende a massificar-se no âmbito juvenil. Assim, o fortalecimento do pensamento inobservante, funciona como forte base desse crescente número de portadores dessas doenças, agravando o problema no Brasil.    Entende-se, portanto, que o contínuo aumento das doenças sexuais é fruta da ainda fraca eficácia das políticas públicas e da permanência do descaso dos jovens como intenso fato social. A fim de atenuar o problema, o Estado deve promover em nome do Ministério da Saúde a implementação de um programa de saúde inteiramente voltado ao tratamento das DST, principalmente, apelando à profissionais bem qualificados, além de aplicar campanhas de abrangência nacional junto às emissoras abertas de televisão como forma de estímulo à proteção sexual. Dessa forma, poder-se-á afirmar a Pátria democrática de Direito.