Materiais:
Enviada em: 17/07/2018

As festas carnavalescas ultimamente estão sendo alvos de altos gastos públicos pelo Governo brasileiro. Isso se deve ao fato de que essas são associadas a fins lucrativos pelas prefeituras, limitando o acesso a parcela significativa da população. Somado a isso, a realização do carnaval resulta em gastos que seriam fundamentais em setores básicos como educação e saúde.  Dessa maneira, a festa popular originária da fusão entre culturas africanas, portuguesas e indígenas, nos últimos anos passou a ser parte de uma política de entretenimento, semelhante à do "Pão e Circo" praticada em Roma, buscando esconder os problemas sociais. Esse teor de busca ao lucro encarece o acesso as festas carnavalescas, pois os camarotes e os produtos oferecidos estão restringidos a aqueles poucos que possuem condições de saldar.  Segundo o filósofo Nietzsche: "Temos a arte para que a realidade não nos destrua". Seguindo esse raciocínio pode-se afirmar que enquanto o carnaval estiver vinculado ao consumismo, em sua totalidade, o seu valor cultural de arte irá entrar em decadência junto as camadas populares, por estarem sujeitas à escassez de investimentos básicos em hospitais e escolas.  Então, para se democratizar as festas carnavalescas é necessário, portanto, a participação do Governo Federal na criação de uma lei que controle os gastos na realização dos festivais, estabelecendo um limite de gastos pelas prefeituras, com a efetuação de censos por agentes especializados, buscando equilibrar as verbas destinadas ao carnaval. Aliado a isso, é importante a atuação das prefeituras na estruturação das festas, tornando os preços mais acessíveis a toda a população, através de fiscalizações, realizadas por agentes da lei, para que, assim, o carnaval tenha um significado mais cultural e brasileiro.