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Enviada em: 17/07/2018

Desde a colonização o “ser brasileiro” é algo indefinido, pois a miscigenação é algo tão recorrente que dificilmente existe alguma linhagem única de descendentes. O povo brasileiro é grande, misturado e colorido e, além disso, um povo de muitas culturas. Algumas culturas são favorecidas em detrimento de outras, o carnaval, por exemplo, tem sido marginalizado e reprimido por ter raízes no axé e na Bahia (o estado brasileiro com mais afrodescendentes). A dificuldade do brasileiro enquanto nação de valorizar sua própria cultura é um problema, pois dificulta a identificação e empatia pelo próximo dentro da sociedade.   Com a colonização, escravos oriundos da África, asiáticos e europeus de países distintos encheram o Brasil desde o inicio do século XVll até meados do século XX, respectivamente. A miscigenação não foi algo tão natural quanto aparenta, inúmeras teses de antropólogos prometiam um processo de branqueamento natural da raça negra (presente no Brasil desde o inicio da colonização), para fazer do Brasil o mais parecido possível com países europeus, segregando a cultura e a vivência negra do país, sendo o carnaval o representativo e a celebração de uma cultura vinda da Africa)   Para Durkheim a sociedade funciona como um organismo vivo e estável, desde que todos os indivíduos se reconheçam como parte integrante e essencial do meio social. Quando não há identificação e compatibilidade cultural o meio se torna hostil, quando se há rejeição cultural o preconceito e a intolerância é difundido, pois o mesmo quebra a ideia de nação e de “um só povo”.   É visível que grande parcela da população brasileira não enxerga a pluralidade de suas raízes, julgando-as desprendida de sua nacionalidade por ter um ou dois parentes europeus, esquecendo a convergência de muitos povos que construíram o Brasil, sendo assim, o atual carnaval como junção de todas as culturas, mas muitos ainda assim favorecem costumes e celebrações de outros países e se distanciam do multiculturalismo brasileiro.  Torna-se necessário que as crianças sejam apresentadas as suas raízes e as valorizem, tomando ciência da diversidade cultural que compõe seu país. Para gerar a identificação cultural a própria deve ser representada, em parceria com os meios midiáticos o ministério da Cultura deve veicular entretenimento que traga informações sobre as mais variadas culturas. Nas escolas, os professores devem ser incentivados através do Ministério da Educação a abordar as historias por trás dos feriados nacionais, para que haja o entendimento do quão importante são. O investimento cultural em cima das crianças é o que ira formar adultos conscientes de quem e como sua historia e a de seu país foi formada e construída.