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Enviada em: 29/07/2018

Samba. Axé. Frevo. Seja no sambódromo, nas ruas de Salvador ou ainda nas ladeiras de Olinda. Sem dúvidas, o carnaval representa um dos maiores símbolos da nacionalidade brasileira. Entretanto, o que já foi uma festa de acesso democrático, hoje, limita seu público por questões financeiras e pela insegurança.       "Avisa lá, ô ô, avisa lá que eu vou", infelizmente, a canção eternizada pelo grupo musical Olodum não representa mais a realidade do carnaval. Camarotes e camisas de blocos a preços exorbitantes afastam o público mais pobre da folia. Nesse sentido, o carnaval que deveria ser uma festa de todos, sofre com uma "eletização".       Além disso, quem resolve curtir o carnaval lida com a insegurança. Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, casos policiais crescem até cento e cinquenta por cento durante esse período. Logo, o medo de se tornar vítima de algum crime afasta ainda mais o público dessa grande festa.       Percebe-se, portanto, a necessidade de uma redemocratização do acesso ao carnaval. As prefeituras das cidades onde há os festejos, por meio de suas Secretarias de Cultura, e com o apoio de empresas privadas que optem por patrocinar o carnaval, devem garantir atrações gratuitas. Ademais, o Estado deve aumentar o efetivo de agentes da lei ao longo dos circuitos e seus acessos, para assim, garantir a segurança do cidadão. Então, garantir que o carnaval permaneça como  símbolo da nacionalidade brasileira nos dias atuais.