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Enviada em: 29/07/2018

O carnaval chegou ao Brasil por volta do século XVII, tendo como influência as festas carnavalescas europeias. A partir dos anos a festa foi se modificando até chegar em seu formato atual, com fantasias, carros alegóricos, marchinhas e escolas de samba. Entretanto, a festa popular, no século XXI, trouxe desvantagens e serve como política do pão e circo. O antropólogo Ro­berto DaMatta, no livro Carnavais, Malandros e Heróis, levanta a tese de que nas festas carnavalescas brasileira ocorre uma inversão de papéis na sociedade. Segundo ele, "Nas ruas, o pobre vira nobre. E a elite posa de povo." Ou seja, a elite faz com que a população se distraia com a utopia que o carnaval se tornou. Ademais, os dias de carnaval são marcados por acidentes devido à imprudência das pessoas que bebem e dirigem. No entanto, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PFR), o carnaval de 2018 foi o menos violento dos últimos 4 anos nas rodovias, e o número de mortos em estradas federais caiu 31%. Outro fator que atrapalha as comemorações é o aumento do número de assédio; 82% das mulheres já foram assediadas nesta época do ano, apontou enquete feita pelo Catraca Livre. Destarte, é imprescindível que as guerras diárias nas ruas não sejam esquecidas pelo governo e pela população, e que a última continue manifestando a favor dos seus direitos. Além disso, é pueril acreditar que os homens serão educados sobre o assédio e, infelizmente, ainda é preciso que as mulheres se posicionem ainda mais para não sofrerem as consequências da sociedade patriarcal. Também é preciso que o policiamento nas rodovias brasileiras se intensifiquem para que o número de acidentes continuem diminuindo.