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Enviada em: 10/03/2019

Resgatando a essência do carnaval             O conceito de patrimônio imaterial abrange expressões culturais e as tradição preservadas por um grupo de pessoas quanto aos seus ancestrais, nesse sentido, nascido no entrudo português, o carnaval é o maior exemplo brasileiro de manifestação popular. Apesar disso, hodiernamente as festividades carnavalescas tem sofrido grande enobrecimento, e assim aumentando os gastos públicos de um país em crise.             Sabe-se que tem se tornado cada vez mais frequente a realização de eventos carnavalescos distantes da real natureza do carnaval, em detrimento da popularização dos bloquinhos de rua, já que atualmente são cobradas fortunas por camarotes e abadás, e por consequência ocorre a elitização de uma comemoração cujo cunho é popular, dessa maneira gera-se um impacto social negativo, reflexo da segregação entre ricos e pobres.             Por outro lado, segundo a Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em 2018 foram gerados cerca de 23,6 mil empregos durante as festividades carnavalescas, entretanto boa parte dos eventos, por exemplo o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro, são subsidiados por verba pública, consistindo em uma contradição, tendo em vista que apesar da geração de empregos, valores altíssimos são destinados a festas cujos ingressos custam quantias exorbitantes que naturalmente teriam outras formas de serem custeadas.             Diante do que foi exposto, é interessante que os bloquinhos de rua tenham sua ocorrência estimulada por parte do governo, suprindo-os com segurança e estrutura necessárias, como banheiros e bares, culminando na geração de empregos e manutenção da essência do carnaval.             Ademais, as escolas de samba deveriam buscar patrocínio de empresas privadas como forma de custeá-las em sua totalidade, assim permitindo que o dinheiro destinado a elas seja redirecionado a prioridades como saúde e educação, atitude importante em tempos de crise.