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Enviada em: 12/08/2017

A política do pão e circo, aparentemente, não restringiu-se aos tempos do império romano. O estabelecimento do carnaval como símbolo da nacionalidade brasileira é prova concreta que, em pleno século XXI, essa prática condenável ainda persiste. Não é possível admitir que um país com tamanhas qualidades e diversidade cultural seja rotulado apenas por seus entretenimentos, pois esse fato reduz sua credibilidade internacional e, ainda, favorece a exclusão social, visto que tornou-se uma festa de elite.    É indubitável que a questão política esteja dentre os motivadores do problema. O poder administrativo, responsável pela divulgação do Brasil, frequentemente interessado na alienação popular, utiliza-se do carnaval como meio para controlar a insatisfação de seus cidadãos. Dessa maneira, acreditando nessa falsa alegria inerente aos brasileiros, acalmam-se os anseios por reformas e perpetua-se a falácia do bem-estar social.     Outrossim, a causa ideológica pode ser mencionada como agravante da situação. De acordo com Aristóteles, o engajamento nas decisões políticas deve ser requerimento básico para a conquista do título de cidadão. No entanto, atualmente, a realidade é uma quase total inércia política do povo brasileiro. Esse acomodamento da sociedade possibilita a continuidade desse rótulo, visto que é cômoda para os governantes e os prejudicados não fazem nada para modifica-lo. É preciso, portanto, conscientizar essa população sobre a necessidade de mudança.       Fica claro, assim, que para mudar a imagem do Brasil são necessárias ações multi-setoriais. Com esse objetivo, Organizações Não Governamentais voltadas à política, como o Movimento Brasil Livre, devem utilizar redes sociais para conscientizar a população por meio de vídeos educativos sobre a importância do engajamento político, além de convida-la para ir às ruas lutar por mudanças nessas propagandas. O poder legislativo, por sua vez, visando proteger a democracia, utilizando seu poder moderador sobre o administrativo, deve instituir a obrigatoriedade de plebiscito para votar as políticas de divulgação a serem implementadas.