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Enviada em: 05/07/2018

Muito se discute acerca do casamento infantil na sociedade brasileira, sobretudo em relação às consequências advindas de um matrimônio precoce. Nesse contexto, inúmeros países, inclusive o Brasil, têm dificultado o crescimento e o desenvolvimento da mulher ao permitir o casamento de infantojuvenis antes dos dezoito anos de idade. No Brasil, porém, grande parte das meninas que se casam na adolescência o fazem por estarem grávidas e não apenas como algo cultural, como por exemplo, na Índia. Faz-se necessário, portanto, que o Governo Federal, em coparticipação com as escolas, desenvolvam um projeto educacional com o intuito de diminuir o ato do casamento infantil.       No que se refere à temática em questão, pode-se destacar a gravidez na adolescência como um dos principais motivos do casamento infantil, e não o contrário. Nesse cenário, a Organização das Nações Unidas(ONU) pontuou que muitos infantojuvenis ao engravidarem se sentem pressionadas a se casarem, tanto por pressão social quanto por pressão familiar. Nesse ínterim, muitas jovens e adolescentes abandonam os estudos após o casamento por adquirirem novas atribuições, impróprias para a idade e, com isso,diminuem as suas chances em desenvolverem uma carreira profissional. Por conseguinte, torna-se mais difícil diminuir as desigualdades socioeconômicas entre homens e mulheres.    Ademais, as escolas brasileiras detém uma influência expressiva na formação intelectual dos infantojuvenis da sociedade brasileira. Porém, a matriz curricular que envolva a discussão sobre os malefícios do casamento infantil tem se mostrado ineficaz na educação dos estudantes e , assim sendo, essa juventude tende a ser mais vulnerável nessa problemática. Somados a isso, existe um distanciamento dos pais em relação as atividades estudantis dos filhos, e como consequência, o pouco material didático oferecido pelas escolas tornam-se ainda mais ínfimos. Nessa perspectiva, o filósofo Immanuel Kant destacou a importância da educação no desenvolvimento de uma sociedade e afirmou que "o homem é aquilo que a sociedade faz dele".     Diante dos argumentos supracitados, torna-se fundamental que o Governo Federal, em parceria com as escolas, desenvolva um projeto educacional. Nesse projeto, as instituições de ensino agendariam os pais e seus filhos, com psicólogos e ginecologistas, com a finalidade de orientá-los sobre os malefícios do casamento infantil. Com isso, espera-se uma maior conscientização dos infantojuvenis e o aumento do diálogo no âmbito do lar. Além disso, é imprescindível que o Ministério da Educação elabore uma matriz curricular que desenvolva uma mentalidade critica nos alunos e incentive, dessa forma, o livre debate sobre questões como gravidez na adolescência e o casamento infantojuvenil. Assim, pode-se prever a redução do casamento infantil e das diferenças socioeconômica entre homens e mulheres.