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Enviada em: 05/07/2018

Em um mundo ideal, meninas menores de dezoito anos não haveriam de ter obrigações com a sociedade na mesma seriedade que jovens de idade legal para arcar com seu papel de cidadão. Entretanto, no Brasil, o casamento infantil tornou-se uma garantia de renda a mais para famílias que se encontram em estado de miséria. Nesse sentido, convém analisarmos as principais causas desse fenômeno na sociedade brasileira.   Inicialmente, pode-se destacar a objetificação da mulher na atualidade como um dos maiores motivadores para o agravamento da formação precoce de crianças em nosso cotidiano. Segundo o jornal Folha de São Paulo, o Brasil se encontra em quarto lugar no ranking global de casamento arranjados de crianças com adultos, que resulta em 36% da população feminina casada antes da maioridade. Usar o corpo feminino e infantil como moeda de troca para assegurar a comida de seus familiares é algo angustiante.   Além disso, a centralização política nas metrópoles também pode estar relacionada ao crescimento das irregularidades na formação das mulheres jovens, uma vez que o poder político se concentra em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, fazendo o índice de miséria crescer no nordeste do país por conta das desregularidades acerca dessas cidades. Um estudo aponta o Maranhão e o Pará com o maior percentual de casamentos precoces em território brasileiro. É preocupante saber que essa convergência de poder torna-se uma espécie de maquiagem para esconder os reais problemas das áreas mais carecidas de atenção legislativa.  Dessa forma, o casamento precoce de menores requer ações mais efetivas para ser combatido no Brasil. Nesse sentido, o Governo deve criar medidas políticas por meio de parcerias com vereadores e prefeituras das cidades do nordeste com o intuito de assegurar que esses casos sejam combatidos por leis punitivas. Espera-se com isso, que meninas menores de dezoito anos voltem a frequentar redes de ensino até completarem a maioridade