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Enviada em: 05/07/2018

No Brasil contemporâneo, o casamento infantil, principalmente de meninas, tem sido um problema constante, tanto sanitário quanto de segurança pública. Isso se deve, sobretudo, à má qualidade na educação e à aceitação por boa parte da sociedade desta prática.      A perpetuação da união, legalizada ou não, entre menores de idade, deve-se à permanência do pensamento patriarcal, de um Brasil ainda  com traços coloniais. Onde a figura dos filhos, especialmente a figura feminina, era vista como coadjuvante, sem poder de escolha, não dona de sua própria vida, na sociedade.      O matrimônio antes do amadurecimento está diretamente relacionado à violência doméstica e à gravidez prematura. Na medida em que, muitas vezes, a jovem encontra-se totalmente dependente do parceiro após deixar a escola, submete-se a maus-tratos devido à vergonha de voltar para a família. E também, a falta de conhecimento e informação, devido a um abandono prematuro das salas de aula, colaboram cada vez mais com gravidez indesejadas, quando não o desenvolvimento de DSTs. Devido ao desconhecimento dos métodos contraceptivos.      Portanto, há a necessidade de o MEC, juntamente com o Ministério da Saúde, promoverem, desde o início do ensino fundamental do jovem, a introdução na grade curricular, do estudo de sociologia e de saúde básicos, por meio de aulas práticas e palestras expositivas , para desde cedo o cidadão ter consciência de que sua escolha muitas vezes pode acarretar em futuras frustrações. Assim, o problema de segurança pública estaria parcialmente resolvido, pois, parafraseando Pitágoras, educando os jovens, não precisarão castigar os adultos.