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Enviada em: 10/07/2018

Apesar de ilegal, casos de casamento infantil estão em evidência na atualidade. De acordo com a página da internet Carta Capital, casos de união matrimonial de meninas, subiram de 11,3 milhões para 11,5 milhões desde 2015 e isso se deve à diversos fatores: não só culturais como também econômicos. Desse modo, medidas deverão ser tomadas, pois, do contrário, essas garotas serão prejudicadas emocionalmente e fisicamente.     Em uma primeira análise, nota-se que a união estável entre um indivíduo pueril e outro de maior idade ocorre devido a aspectos culturais. Em um país árabe ocorreu o casamento de uma criança de 12 anos e um senhor de 80 anos, e, no local evento, os convidados não estavam se sentindo constrangidos, visto que, os adeptos ao Islamismo apoiam o casamento infantil, pois, para os mulçumanos, é um ato permitido por Alá, o deus da religião islâmica. Desse modo, muitas jovens são obrigadas a se casar antes mesmo de completar a idade núbil, ocasionando o surgimento de problemas emocionais como sensação de fracasso e culpa, uma vez que essas moças assistem sua infância e adolescência sendo perdida contra sua própria vontade.     Em uma segunda análise, pode-se perceber que os casos de casamento infantil também se devem a razões financeiras. No Iémen, uma criança de 8 anos chamada Nujood Ali foi vendida pelos seus próprios pais, por estarem passando por dificuldades, a um homem de 24 anos em troca de 550 euros, segundo a revista Época e, além disso, a jovem também foi abusada sexualmente na noite de núpcias pelo seu cônjuge. Devido a pobreza presente em diversos países, muitas garotas são cedidas ainda criança e, em alguns casos, sujeitas a desenvolver problemas físicos, pois, podem ser vítimas de violência física ao longo de sua vida como esposa.     Em decorrência disso, cabe à mídia e a sociedade a tarefa de reverter esse quadro. A mídia, por meio de veículos de informação, deve abordar em novelas, documentários e, se possível, em músicas a respeito de casos de casamento infantil para que as pessoas tomem ciência das consequências que isso pode acarretar. Por fim, a sociedade, por meio de ações, deve atuar através de denúncias, expondo casos de uniões estáveis de crianças e adultos, para que mais pessoas possam tomar conhecimento de que esses episódios existem na sociedade atual e, tentando, assim, reduzir casos de casamento infantil. Afinal, já dizia Platão: “O importante não é viver, mas viver bem”.