Materiais:
Enviada em: 14/07/2018

"O importante não é viver, mas viver bem". Segundo Platão, a qualidade de vida tem tamanha importância que ultrapassa a da própria existência. Entretanto no Brasil, essa não é um realidade vivida pela classe infantil que é exposta ao casamento precocemente. Com isso, ao invés de agir para aproximar a realidade dita por Platão da existente na sociedade, as famílias patriarcais e a pouca relevância dada pelos órgãos públicos contribuem com a situação.     Herdar o patriarcalismo vindo da colonização brasileira é, ainda hoje, uma teia firma e de difícil escape. Fato notado, na maioria das famílias cujo destino do sexo feminino se resume à zelar pela casa, marida e filhos, sendo essas impossibilitadas de seguir outro caminho. Nessa perspectiva, segundo a ONU, mais de 20% da população feminina casou-se antes dos 18 anos, o que intensifica a perpetuação da desigualdade de gênero e a submissão de garotas que não deveriam estar nessa condição imposta, muitas vezes, pela família. Dessa forma, as realidades se distanciam.    Ademais, o Estado, como entidade responsável pelos direitos na sociedade, deveria atentar-se a violação escancarada desses em relação a população infantil, mas é notório que o casamento na infância parece não ser problema para os órgãos de poder. Prova disso, são os casamentos forçados permitidos por juízes que validam uniões de meninas com adultos que tem quase o dobro da idade delas. Casos que reafirmam a falta de respeito à infância que será brutalmente interrompida.     Evidencia-se, portanto, ser preciso tomar algumas medidas. Assim, a mídia deve abordar o casamento infantil por meio de novelas e documentários  exibidos em horário nobre, mostrando aos pais um alerta das consequências negativas que envolvem as imposições frente a união de crianças que não possuem estrutura psicossocial para o casamento tão precoce para que casos como esses diminuam. É válido também, que o Estado deve excluir qualquer medida que prive os anseios infantis, como a efetivação de leis que garantam o abandono á esse casamento devastador.