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Enviada em: 30/10/2018

Infância é coisa séria  Há séculos o casamento infantil ocorre, e com o decorrer do tempo começaram a observar os males acarretados pelo mesmo; por consequência, cria-se leis para frear aos poucos esse problema - com exceção de alguns países que até hoje nada fizeram. No caso do Brasil há uma lei que permite o cônjuge a partir dos 16 anos, com autorização dos pais. Contudo, esse decreto detêm muitas brechas, com isso, vários casos são legalizados. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), as meninas são as que mais sofrem com tal ocorrência. Deve-se enfrentar esse problema, pois o mesmo resulta, em diversas vezes, no abandono escolar e futuramente na violência doméstica.  Por decorrência do casamento precoce, a garota abandona o ambiente escolar para cuidar dos afazeres da casa, e em breve de uma criança. O mundo da mesma fecha-se em torno dessa realidade, que a faz perder a esperança em um futuro melhor. Não termina o nível básico de ensino, e por consequência, arruma empregos mal remunerados; com isso, infelizmente, cria-se uma sujeição imensa ao parceiro, que em um futuro próximo, desgasta-se a relação. A esposa não volta para a casa dos pais, já que em muitos casos foi a falta de estrutura familiar que a levou a casar-se cedo.  Observa-se, é uma criança, casada, sem estudos e (muitas vezes) sem emprego, situação deplorável que a faz ser submissa de seu marido. Essa fatalidade é exposta em breves vídeos feitos pelas redes da Unicef e BBC. Nos dias de hoje, no qual o dinheiro tem um valor tão alto, a dependência financeira pode ser mortal. De acordo com o Banco Mundial, grande parte dos casos de violência doméstica partem do casamento infantil, uma vez que a relação não costuma ser saudável.  Portanto, para erradicar esse mal, além da aprovação de lei que permite o casório apenas a partir dos 18 anos sem abir quaisquer exceção, deve haver por parte da Organização das Nações Unidas (ONU) uma parceira com órgãos de proteção infantil de cada país - no caso do Brasil é o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - para incentivar o empoderamento direto da menina, com informações, habilidades e redes de apoio, dando a elas uma noção ampliada dos papéis que podem exercer na sociedade, exibindo que não se limita ao casamento. Isso fará com que as mesmas conheçam seus direitos e vejam as oportunidades e os diferentes caminhos da vida, reduzindo assim, a taxa de matrimônio precoce.