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Enviada em: 23/07/2018

O casamento infantil é definido pela união conjugal onde um dos membros ainda não completou 18 anos. Essa prática acarreta em consequências negativas para o desenvolvimento da vida adulta desses menores, pois, ele se tornam dependentes dos parceiros sendo, muitas vezes, forçados a assumir grandes responsabilidades como cuidar da vida doméstica e dos filhos. O fenômeno é complexo e para compreendê-lo melhor deve ser analisado em seus aspectos culturais e econômicos.        Em primeira análise, uma pesquisa divulgada pelo Banco Mundial e UNICEF mostra que nos países onde o casamento de meninas menores de 18 anos é proibido, existe uma maior porcentagem de mulheres ocupando cargos de trabalho. Dessa forma, fica evidente que quando um indivíduo menor de idade se casa, ele é submetido a responsabilidades diversas, como cuidar de filhos, o que impossibilita que possua tempo hábil para se preparar para ingressar no mercado de trabalho. A consequência são cidadãos que, de forma precoce, se tornam dependentes financeiro do parceiro por não conseguirem renda própria. Assim, uma jovem inserida em um relacionamento abusivo não consegue se separar, pois, não tem como se manter sem o apoio econômico do companheiro.     Um segundo fato importante é o elevado número de casamentos infantis em países onde a desigualdade social é alta. Nesses locais, devido à baixa renda per capta, é comum que os pais considerem o casamento como uma forma de reduzir as despesas em casa. Já que, após a união, a responsabilidade financeiro sobre esta pessoa passa a ser do parceiro e não mais da família. Um exemplo são os elevados casos desse tipo de matrimônio na Índia, um país marcado pela desigualdade social. Consequentemente, famílias de classes sócias mais baixas expõem seus filhos a situações de risco, pois, esses jovens não tem o possibilidade de voltar para casa em caso de relacionamentos onde ocorram abusos.        Deve-se constatar, portanto, que o casamento infantil no século XXI é uma questão complexa que expõem menores de idade ao risco. Visando reduzir o problema, é importante que ONG’S busquem mobilizar a sociedade, através de abaixo assinados e manifestações públicas, para pressionar o legislativo no sentido de que leis sejam criadas vedando o casamento de menores de 18 anos, independente do consentimento dos pais. Dessa forma, a sociedade se tornaria empenhada em garantir o desenvolvimento saudável de crianças e adolescentes e sua correta inserção na vida adulta.