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Enviada em: 06/08/2018

Segundo o Plan- Organização não governamental que visa promover a inclusão social e o fim da pobreza no mundo- 7,5 milhões de meninas se casam todos os anos antes dos 18 anos no mundo. Na maioria das vezes, isso acarreta em dados irreversíveis no processo de formação familiar e profissional delas.            O Brasil é o primeiro colocado da America Latina e o quarto colocado no mundo no que se diz respeito ao casamento infantil, levando-se em consideração meninas de 10 a 17 anos. Consoante a isso, as regiões Norte e Nordeste são as que apresentam maior índice, visto que estas são caracterizadas pela maior concentração das classes sociais mais vulneráveis do Brasil.             Com relação a essas áreas, nota-se que essa se dá em virtude de fatores culturais- como é o caso das gerações antigas que viviam nos interiores e prometiam as suas filhas já desde a infância- e educacionais- como a falta de alfabetização de uma grande parte das crianças, adolescentes e adultos que vivem nessas regiões.               Ademais, a exposição dessas crianças a situações precoces para sua idade dão origem a uma série de consequências no âmbito da saúde, educação e mercado de trabalho. Muitas das vezes elas sofrem com os abusos de seus próprios parceiros e são submetidas a vários afazeres domésticos, principalmente quando há a presença de filhos. Sem contar que 30% das meninas que abandonam o ensino secundário tem associação com o casamento feito antes dos 18 anos, segundo dados do Banco Mundial.              Portanto, para que haja uma melhor qualidade de vida para essas crianças, faz-se necessário políticas de planejamento e orientação familiar nas escolas de ensino primário e secundário, principalmente nas escolas públicas. Junto a isso, deve-se criar uma lei alterando os artigos do código civil atual proibindo o casamento de pessoas menores de 18 anos , preservando, assim, as fases de vida dessas crianças.