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Enviada em: 05/08/2018

No livro ''Minha vida de menina'',de Helena Morley,a narradora-personagem,denominada Helena,retrata o seu avô na escolha dos futuros maridos de suas tias,logo que alcançam o máximo da adolescência.Desse modo,percebe-se que a situação vigente provém de costumes idealizados como conservadores em uma comunidade carregada de estereótipos.Logo,a sociedade brasileira caminha para rumos negativos em relação ao casamento infantil,à medida que se observam tanto gestação indesejadas quanto desigualdades sociais.Nesse ínterim,é de suma importância afirmar que tal problemática ainda gera retrocesso em um país dito globalizado.   A priori,é fundamental pontuar que o Estatuto da Criança e do Adolescente,aliado ao Código Civil,afirma que indivíduos com idades inferiores a 18 anos recebem consentimento parental antes de efetuar o matrimônio.Não obstante,com a Revolução 4.0,associada à nova era cibernética,verifica-se a banalização de atos sexuais independente de maturidade intelectual,além da ausência de políticas voltadas ao controle de natalidade,tal como é ratificado na Teoria neomalthusiana,mediante aquisição de contraceptivos.Por conseguinte,existir-se-ão,tristemente,uniões informais,em que o perfil feminino ficará sujeito à violência doméstica de modo a perpetuar a hierarquia entre gêneros.   A posteriori,é intrínseco destacar que a Constituição Cidadã de 1988 garante igualdade perante a lei,no entanto o Poder Executivo não efetiva esse direito.Isso significa que há remanescentes coloniais hodiernamente,o que faz a região Nordeste uma das principais no tocante à formação de cônjuges imaturos,uma vez que é visto como maneira de assegurar condições financeiras,amplamente defasadas por descasos governamentais.Em decorrência disso,visualiza-se,infelizmente,a desvalorização feminina,amparada não só em evasões escolares,mas também na submissão a precárias jornadas trabalhistas.   Fica evidente,pois,que o fortalecimento desse imbróglio é fruto de aspectos socioculturais.Portanto,cabe à Organização Mundial da Saúde o papel de realizar campanhas conscientizadoras por meio da doação de preservativos em polos dependentes economicamente,com o fito de coibir as atividades de relações íntimas que incitem ao casamento prematuro.Outrossim,o Poder Legislativo deve instituir leis,em todo território nacional,por intermédio da proibição de qualquer tentativa matrimonial,com intuito de promover garantia de liberdade à jovens urgentes de proveito individual.Dessa maneira,haverá mais harmonia em prol de um melhor convívio recíproco.