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Enviada em: 12/08/2018

O casamento infantil sempre esteve presente na história e intimamente ligado à cultura machista que consiste na violência e opressão do gênero feminino em prol da superioridade masculina. Na Idade Média, o casamento infantil era por arranjo e com objetivo de criar laços financeiros, além de ser visto como forma de manter a honra da família. Hoje, o casório infantil ainda é um fato que persiste causando impactos negativos na vida de meninas que se casam antes dos 18, e revelando assim o descaso do Estado e da família.      O Matrimonio infantil é fruto de uma cultura machista que sexualiza meninas desde a infância e não incentiva à educação como forma de ter perspectiva na vida. As garotas que se casam antes dos 18, na maioria das ocasiões advêm de uma família disfuncional e pobre, na qual veem o casamento da filha como uma alternativa para vida futura, inclusive quando essa aparece grávida. No entanto, essa alternativa é cruel, uma vez que as crianças se casam e se afastam do meio educacional e ficam expostas à violência doméstica, entrando em um ciclo abusivo e de dependência do marido.     É de conhecimento geral que, é direito da criança ter acesso à educação, lazer, saúde e ter um lar, assim como consta no Estatuto da Criança e do Adolescente. Todavia, o Estado autoriza o casamento de menores com autorização dos pais, e na prática a consequência da permissão é contra os direitos do Estatuto, sendo inconstitucional.      Portanto, são necessárias mudanças para intervir no problema. As camadas dominantes de cultura devem pressionar o Congresso Nacional para alterar a lei que autoriza o casamento infantil e assim proibi-lo, além disso colocar o ato como crime passível de punição para o homem que propor a união, e tirar a guarda da criança com a família. Também é necessário que o Ministério da Educação, promova atividades extracurriculares em escolas, para crianças do ensino fundamental e médio, que incentivem ao crescimento aliado à educação, como idiomas.