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Enviada em: 22/08/2018

Na cosmologia, a matéria escura é uma substância invisível e seus efeitos são difíceis de ser detectados. Em contraste a isso, o casamento infantil no Brasil é um problema muito visível que traz consequências explícitas à classe infanto juvenil. Nesse viés, dois aspectos não podem ser negligenciados: o abandono escolar e a redução da expectativa de vida.    Em primeiro lugar, conforme elucidou o político Leonel Brizola a educação é o único caminho para emancipar o homem. Entretanto, pode-se aferir que ao se casar durante o colegial, o adolescente, principalmente as meninas, precisam dividir sua atenção entre atividades escolares e domésticas. Não raro o homem da relação ser mais velho, este controla as escolhas da moça a qual se vê impelida a se dedicar integralmente ao casamento. Com isso, a vítima desiste de sua liberdade: a educação.        Cabe frisar ainda que enquanto adolescente a garota não amadureceu o suficiente para lidar com uma vida sexual ativa além de estar constantemente correndo o risco de uma gravidez precoce. Segundo o psiquiatra Flávio Gikovate, na fase púbere prevalece as emoções ao invés da razão, ou seja, cognitivamente não há preparação para possíveis imprevistos que podem afetar a mente e o corpo. Tais dilemas difíceis comprometem a vitalidade da moça reduzindo seu tempo de vida.        Em suma, é indubitável que o casamento infantil deve ser combatido sob qualquer circunstância. Para isso, o Senado Federal deve aprovar o projeto de lei, ainda em votação, que proíbe o casamento antes dos 16 anos sob risco de o infrator cumprir pena prisional. Essa ação coibiria grande parte das uniões formais e informais, assim como procedeu em países que tomaram tal atitude como Costa Rica e Guatemala. Somado a isso, o Ministério da Educação e dos Direitos Humanos, por meio das redes de comunicação como a internet e o rádio, deveria esclarecer melhor esse assunto para a população se tornar mais consciente e poder prevenir que suas crianças e seus adolescentes sejam vítimas dessa relação maléfica.  Destarte, o Brasil protegeria a vida e a educação dessa classe social.