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Enviada em: 30/08/2018

Durante o período literário denominado naturalismo, as mulheres eram retratadas como um objeto de desejos sexuais masculinos. De maneira análoga, essa visão perpetua-se contemporaneamente e reflete o alto índice de casamentos infantis com meninas, gerando, assim, agravantes sociais no futuro dessas mulheres.         Primeiramente, é válido apontar que a cultura machista restringe as escolhas e oportunidades femininas, e leva à casamentos de crianças com indivíduos maiores de idade por influência dos próprios pais, bem como, muitas garotas optam pela relação conjugal a fim de obter melhores condições de vida. Em virtude disso, tornam-se dependentes de seus parceiros, sendo limitadas a exercer apenas atividades de cunho doméstico e são suscetíveis a sofrer violência física e moral.          Nesse contexto, convém enfatizar a teoria da tábula rasa de John Locke, na qual o ser humano é uma tela branca moldada por meio das experiências vivenciadas. Desse modo, a criança envolvida nessa forma de relação, ainda não adquiriu maturidade física e psicológica suficiente, assim sendo, amadurece de maneira inadequada e tem um dos processos de socialização prejudicado, pois afasta-se das esferas educacionais, e desse modo, possui dificuldades de conseguir ascender profissionalmente e libertar-se da relação abusiva com seu respectivo cônjugue. Além disso, as garotas não têm suas decisões respeitadas e engravidam precocemente, o que promove complicações a própria saúde.          Cabe evidenciar, portanto, a necessidade de medidas para erradicar os índices de casamento infantil. É preciso a ação do Legislativo para aprovar leis que proibam e punam a relação conjugal com menores de idade, e que os indivíduos enquanto cidadãos utilizem-se das redes sociais e de páginas ativistas como a Quebrando o Tabu com o intuito de cobrar a aplicabilidade da lei, bem como é necessário que o Ministério da Educação em conjunto à ONGS como a Save the Children capacitem indivíduos cujo papel seja palestrar em escolas a fim de explicar a importância de valorizar a juventude e a educação, deixando o casamento como uma opção de livre-arbítrio, não influenciado por fatores culturais e sociais.