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Enviada em: 31/08/2018

O casamento infantil não é uma invenção atual: na Grécia Antiga, as mulheres desde crianças já eram educadas para serem uma esposa,no intuito do casamento precoce. Desse modo, os atuais índices de uniões estáveis imaturas refletem uma cultura antiga.Posto isto, é necessário avaliar como o machismo e a condição financeira contribuem esse problema que é uma realidade no século XXI.     Segundo Simone Beauvoir, a humanidade é masculina e o homem define a mulher não em si, mas relativamente a ele. Diante disso, o machismo deixado como herança histórico-cultural colabora para a manutenção dos casamentos infantis. Isso acontece porque a idealização da mulher como ferramenta procriadora e dona de casa cria um padrão de submissão no qual as pauta como integrante de uma família para satisfazer um homem, independentemente, muitas vezes, da sua idade. Consequentemente, os matrimônios antes da maturação ocorrem com mais frequência, visto que as próprias famílias incentivam sem levar em consideração as vontades da criança e os riscos como altas chances de serem alvos de violência doméstica.     Atrelado à isso, a baixa condição financeira é um dos fatores que expandem a problemática. Isso ocorre devido ao temor que as famílias, geralmente de classe social marginalizada, possuem em relação à pobreza.Em decorrência disso, os familiares praticam a cultura do casamento arranjado que obriga as garotas a se casarem com homens mais velhos em razão do status social que eles possuem (ricos), como ocorre ao redor do mundo, principalmente em sociedades mais ruralizadas. Assim sendo, torna-se notório a presença de um pensamento arcaico que continua enraizado na sociedade desde a Idade Antiga, que contraria o principal fundamento deixado por Antoine Lavoisier:"nada se cria, nada se perde,tudo se transforma".    Fica evidente, portanto, que a cultura do casamento infantil na contemporaneidade precisa ser desconstruída, o que romperá com a humanidade caracterizada por Simone.Sendo assim, é necessário que a  Organização das Nações Unidas para a Educação,Ciência e Cultura (UNESCO) promova uma universalização do conhecimento acerca do problema por meio de debates e palestras ao redor do mundo e meios de comunicação, a fim de romper padrões e evitar que infâncias sejam perdidas. Dessarte, as concepções mundiais  serão transformadas e o pensamento de Lavoisier, validado.