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Enviada em: 02/10/2018

O filme “Nour” retrata uma narrativa repleta de problemas sociais enfrentados na Índia, porém, destaca-se a história de uma jovem que sofre ao ser obrigada a casar. De forma análoga, é possível evidenciar algo semelhante na contemporaneidade, visto que, devido a dogmas culturais retrógrados e machistas, centenas de jovens ainda vivem essa realidade. Portanto, torna-se necessário a discussão de medidas a fim de mitigar de forma eficaz a problemática.      A priori, vale ressaltar que no discorrer da história da humanidade a mulher sempre possuiu um papel de subserviência em relação ao homem. Nesse contexto, na sociedade babilônica a mulher era tida como propriedade do homem e esse detinha total poder sobre ela, o homem determinava se sua filha se casaria ou não e poderia inclusive a usar como moeda de troca em alguma atividade mercantil. Em virtude disso, hodiernamente é notório diversos resquícios culturais machistas em nossa sociedade, visto que, mesmo que milhares de anos depois, figuras paternais de diversas famílias orientais decidem o casamento de suas filhas como se fossem propriedades, bem como acontecia na antiga Babilônia há cerca de 4000 anos. Assim, torna-se evidente a necessidade de uma medida de âmbito internacional para intervir na situação.       Ademais, o apoio à movimentos que visam ampliar os horizontes dos direitos das mulheres, bem como garantir o seu funcionamento, é imprescindível para solucionar o problema. Nessa conjuntura, salienta-se os feitos históricos realizados por personalidades femininas nos últimos tempos, como o prêmio nobel da paz concedido à jovem Malala, cujo lutava por liberdade de expressão e mais direitos para as mulheres de seu país, em meio a uma sociedade extremamente misógina. Além disso, em estudo realizado pela UNESCO em parceria com a UNICEF, foi constatado que cerca de 78% das jovens que se casam compulsoriamente sofrem de problemas psicológicos em decorrência da vida em que levam com o marido. Então, é extremamente necessário uma medida que auxilie no combate ao casamento infantil.         Logo, infere-se que é dever da Comissão de Direitos Humanos juntamente à ONU, estabelecer e divulgar uma legislação esparsa e de vigor internacional que proíba o casamento de jovens menores de 16 anos, por meio de decretos e acordos com os governos mundiais, assim, será possível diminuir drasticamente o numero de matrimônios desse tipo. Além disso, a UNICEF, por sua vez, deve promover uma campanha midiática a fim de informar o mundo sobre a questão do valor da mulher na sociedade, por meio de propagandas em filmes e seriados de todo o planeta e, assim, ocasionará uma reformulação social em que as mulheres terão plena autoridade física e social sobre si próprias.